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31 anos do jornal o Mirante
Carla Tomás

Carla Tomás

Empregada de balcão, 31 anos, Vila Franca de Xira

“Sou de Vila Franca mas não aprecio a tourada. Não é das coisas que me fascine. Curiosamente já tive vários turistas a virem ter comigo e a perguntarem-me onde ficavam os melhores sítios para visitar na cidade. Aqui no café, durante as largadas, já tivemos gente a entrar com medo, sobretudo pessoas que procuravam refúgio dos toiros”“Ainda vai havendo dinheiro para presentes, pelo menos para as crianças. Só vou dar prendas aos mais pequenos. Os adultos também merecem, mas há dois ou três anos que só dou prendas aos pequeninos. É preciso poupar”“Costumo andar de autocarro, mas é o único transporte público em que gosto de andar. De comboio não gosto. Mas não me via a ser motorista de autocarro, não gosto de conduzir e tenho um bocadinho de receio”

O que mais a chateia quando está constipada?Felizmente não estou, mas aborrece-me ter de estar sempre a assoar-me e estar com arrepios.O fecho do Vila Franca Centro vai prejudicar o negócio?Até agora não, para nós nem foi prejudicial. Esta rua estava um pouco deserta e quem tinha lojas dentro do centro comercial acabou por abrir novas lojas aqui fora. O comércio ficou melhor, nesse sentido foi bom e positivo. O mais complicado é ver o edifício fechado, não me parece nada bem. Vai ficar ali um espaço assombrado, fechado, sem se saber se vai reabrir. Eu costumava ir às compras ao centro comercial, sobretudo roupa de criança, porque cá fora só existia uma loja a vender esses artigos.Gosta de andar de transportes públicos?Mais ou menos. Costumo andar de autocarro, mas é o único transporte público em que gosto de andar. De comboio não gosto. Mas não me via a ser motorista de autocarro, não gosto de conduzir e tenho um bocadinho de receio.Quando vai ao supermercado no que é que já está a cortar?Nos doces e nos sumos, apesar de no que toca à comida eu não gostar muito de cortar. Entre carne e peixe gosto particularmente de peixe, sobretudo salmão e dourada. Vivemos tempos em que temos de apertar mais o orçamento familiar e é preciso cortar um bocadinho. Mas vai-se vivendo.Quando lhe telefonam para vender alguma coisa desliga ou dá conversa?Costumo desligar, mas educadamente (risos). Não gosto de ser importunada no meu telefone.Se visse alguém a ser assaltado aqui na rua, o que fazia?Chamava a polícia, provavelmente por telefone.Vive com emoção a festa brava?Nem por isso. Sou de Vila Franca mas não aprecio a tourada. Não é das coisas que me fascine. Curiosamente já tive vários turistas a virem ter comigo e a perguntarem-me onde ficavam os melhores sítios para visitar na cidade. Aqui no café, durante as largadas, já tivemos gente a entrar com medo, sobretudo pessoas que procuravam refúgio dos toiros.Já se perdeu dentro do novo hospital?(Risos) Não, está tudo muito bem indicado. Por acaso já lá fui, visitar um familiar. Acho que o novo hospital fica um bocadinho longe de Vila Franca, mas tem boas instalações e é muito melhor que o antigo. Uma casa nova é sempre uma casa nova.Bar ou discoteca?Prefiro um bar, gosto mais de estar num clima tranquilo, ouvir música e conversar.Cappucino ou meia de leite?A meia de leite sabe melhor.Aguenta ficar sem comer doces no Natal?Tento aguentar-me. Há vários doces de que gosto mas não são nada por aí além.Ainda há dinheiro para presentes?Ainda vai havendo dinheiro para presentes, pelo menos para as crianças. Só vou dar prendas aos mais pequenos. Os adultos também merecem, mas há dois ou três anos que só dou prendas aos pequeninos. É preciso poupar.Quem se portou mal este ano?O nosso primeiro-ministro, Passos Coelho. Apesar de não ter sido o único que se portou mal. Se lhe pudesse dar uma prenda obrigava-o a governar-se com o ordenado mínimo para ver como custa a vida.Era capaz de tomar um duche frio no Inverno?Se faltasse a água durante dias a fio e eu precisasse mesmo de tomar banho, sim, era capaz. Mesmo que custasse muito.Desapareceu uma mulher no cais. Preocupa-a este tipo de casos?Sim, apesar de não sabermos todos os pormenores. É sempre algo que não se gosta de ver acontecer. As pessoas estão a viver um momento muito complicado e de aperto financeiro. Infelizmente o dinheiro já não chega para tudo.
Carla Tomás

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