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Praga de escaravelhos obriga ao corte de palmeiras em espaços públicos de Almeirim

Serviços da câmara e da junta estão a acompanhar a situação que pode agravar-se
A praga do escaravelho vermelho que tem atacado em alguns concelhos do país chegou a Almeirim e duas palmeiras na Rua António Sérgio tiveram que ser abatidas. As árvores cortadas estavam num jardim na zona da Escola Febo Moniz e do posto da GNR onde existem mais espécies destas que podem estar infestadas. A Câmara de Almeirim e a junta de freguesia, que tem a competência delegada de manutenção dos espaços verdes, estão a acompanhar a situação em permanência, garante o vereador da área, Joaquim Sampaio. Segundo o autarca há algumas palmeiras na zona norte da cidade, perto das piscinas, que apresentam sinais de estarem doentes e que estão a ser avaliadas pelos serviços. Caso estejam infectadas terão que ser cortadas e queimadas para se prevenir a propagação da doença que afecta várias espécies de palmeiras. No jardim junto ao posto da GNR ainda falta arrancar a base do tronco dos exemplares cortados. No local serão colocadas outras árvores estando a ser avaliadas quais as mais indicadas para o local mas, garante Joaquim Sampaio, não serão palmeiras.O município de Almeirim tem também conhecimento de que algumas palmeiras em espaços privados também estão doentes. Os ataques do Rhynchophorus ferrugineu (nome científico do escaravelho vermelho) começaram a causar maior alarme em 2011 com o crescimento do número de casos na área da grande Lisboa. Mas desde 2007 que se registam casos em algumas zonas do Algarve, Setúbal, Cascais, Oeiras e Lisboa. É possível fazer tratamentos preventivos, com aplicação de fitofármacos, e colocarem-se armadilhas para capturar os insectos. Mas se a praga não for detectada cedo quando aparecem os sinais de doença (aspecto de secas) já não há solução e têm de ser abatidas.O escaravelho vermelho vive e alimenta-se no interior das bases das folhas e dentro do tronco, pelo que é difícil detectar por meio de inspecção visual. O escaravelho necessita de três a quatro meses para completar o ciclo de ovo a adulto. A fêmea pode pôr entre 300 e 400 ovos, pelo que a capacidade de reprodução e colonização deste insecto é enorme. As larvas permanecem sempre dentro da palmeira, alimentando-se dela. Os adultos multiplicam-se e reproduzem-se tendo capacidade para voarem em contínuo cerca de cinco quilómetros. As palmeiras infestadas podem não mostrar qualquer sintoma durante vários meses.

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