Presidente de Vila Franca admite desactivar faixa BUS na Alves Redol para acabar imbróglio com polícia
Críticas do comandante da PSP levam Alberto Mesquita a marcar reunião para resolver situação do estacionamento
Para acabar com o imbróglio da faixa de transportes públicos na Rua Alves Redol, o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira admite desactivar o corredor BUS e devolver o estacionamento que tinha sido retirado pela sua antecessora, Maria da Luz Rosinha. Com esta medida, Alberto Mesquita acaba também com a guerra entre o município, que colocou no local um aviso a permitir o estacionamento, e a PSP, que multa os condutores por não reconhecer validade à placa colocada pela câmara.As declarações a O MIRANTE do comandante da divisão policial de Vila Franca, Pinto Aires, que criticou a câmara por ter criado uma situação “dúbia e complicada” de perceber, já tiveram efeitos. A câmara já pediu uma reunião com a Polícia para esclarecer a situação e o presidente sublinha que “o que se passa na rua Alves Redol é uma matéria que temos de fechar”. Até porque tem havido queixas dos moradores da rua e comerciantes, que defendem o estacionamento. A polícia avisou que há tolerância zero para quem estacionar na faixa BUS e quem tem lojas no local diz que isso prejudica o negócio. Alberto Mesquita não gostou das declarações do comandante mostrando-se “surpreendido” com a posição de Pinto Aires e dizendo que não era preciso este vir para os jornais quando há uma boa relação entre o município e a PSP. O presidente do executivo reconhece que a primeira fase do estudo de tráfego da rua Alves Redol considera que a faixa para transportes públicos não é uma necessidade e que por isso a câmara “terá de deixar cair” essa ideia. Para isso terá que ser também alterado o regulamento de trânsito. Recorde-se que para o comandante foi “uma precipitação” a câmara ter pintado as letras BUS na faixa e depois vir a permitir o estacionamento através de aviso. Pinto Aires disse na edição passada de O MIRANTE que chegou a sugerir à câmara que apagasse a indicação BUS no pavimento mas a autarquia não acolheu a proposta. Após as obras a rua, principal artéria da cidade, mudou várias vezes de configuração. Primeiro era para ter apenas uma faixa de circulação e uma para transportes públicos. Depois, por pressão de comerciantes e moradores, decidiu-se além destas duas fazer uma faixa de estacionamento. Mas ao fazerem-se testes de circulação verificou-se que não estavam garantidas as condições de segurança na circulação. A rua passou a ter uma faixa normal e outra para transportes onde os condutores costumam parar.
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