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Basquetebol de volta a Tomar

Basquetebol de volta a Tomar

Núcleo Sportinguista acolheu uma secção que está a formar jovens basquetebolistas
A ideia de trazer o basquetebol de volta a Tomar nasceu de um grupo que se juntava ao fim-de-semana para praticar a modalidade, de uma forma “selvagem”, e que há cerca de um ano lançou a ideia de voltar com a modalidade à cidade. “Somos um grupo de amigos que temos em comum o gosto pelo basquetebol e que nos juntamos ao-fim-de-semana para dar uns toques e desenferrujar os ossos. Alguns de nós fizemos parte das últimas equipas que há trinta anos representavam Tomar no basquetebol regional. Em Fevereiro lançámos a ideia de trazer a modalidade de volta, o Núcleo Sportinguista de Tomar aceitou a criação de uma secção autónoma no seu interior e a partir daí foi organizar e avançar com a inscrição na Associação de Basquetebol de Santarém e a criação de uma equipa de sub-16 e com o mini-basquete”, referiu o coordenador da secção, Luís Azevedo.Luís Azevedo praticou a modalidade ao nível do desporto escolar e foi aí que a Secção de Basquetebol do Núcleo Sportinguista de Tomar foi buscar os elementos para formar a primeira equipa de competição. “Os jovens que fazem parte da equipa de sub 16 vieram do desporto escolar e estão a entusiasmar-nos ainda mais. Têm tido um excelente comportamento no campeonato distrital”, disse.Mas a grande aposta da secção é na formação a partir do mini basquete, os mais pequenos, que por acaso treinavam no Pavilhão da Escola D. Nuno Alvares Pereira no sábado de manhã. Altura em que O MIRANTE esteve a tomar conhecimento desta nova dinâmica do basquetebol em Tomar.O lançamento deste projecto numa altura de crise é um desafio. “Um desafio calculado. Tivemos o apoio do Núcleo Sportinguista de Tomar, nem todos somos adeptos do clube, mas na realidade todos o queremos representar com dignidade. Os pais dos jovens jogadores tiveram e têm um papel preponderante neste projecto, são eles que fazem o transporte para os jogos, pagam as inscrições e nos dão força para continuar”, referiu Luís Azevedo.Os dirigentes não têm dúvida de que é um desafio muito forte, “mas um desafio que queremos ganhar”. Um desafio que ainda não foi assimilado pelas entidades oficiais. “A nossa ideia era avançarmos com este projecto sem custos para os pais dos jogadores. Agora já vimos que era uma ideia utópica. Para isso tínhamos que contar com o apoio das entidades oficiais, o que não aconteceu até agora. Tivemos o apoio de uma empresa para a compra de equipamentos e estamos a continuar a procurar novos patrocinadores”.Luís Azevedo diz agora que quando se lançou nesta ideia com os seus companheiros não tinham a percepção dos custos do projecto. “Temos tido algumas dificuldades que temos colmatado com a prata da casa”. Na realidade os dirigentes da nova secção não têm a vida nada fácil até para treinarem têm que pagar o aluguer do pavilhão. É nesse campo que aguardam uma reunião com o novo executivo da Câmara Municipal de Tomar para ver da possibilidade de alguma ajuda. “Não é fácil trabalhar na formação de jovens e ter até que pagar para podermos treinar”.Os dirigentes da secção e os treinadores que com eles trabalham, “todos por carolice”, têm desenvolvido esforços para aumentar o número de jovens na prática da modalidade e o grupo tem crescido. “Começámos com duas dezenas de jovens, passados seis meses temos a trabalhar connosco cerca de meia centena de atletas e queremos aumentar esse número, principalmente na área feminina, onde não há qualquer modalidade de grupo em Tomar”, garante Luís Azevedo.O clube tem vindo a desenvolver acções de captação junto das escolas e estabelecido protocolos. A equipa de sub 16 que está a competir no distrital é já fruto dessa captação e protocolo. “Na sua globalidade a equipa é formada por jovens que praticavam a modalidade ao nível do desporto escolar”.O aumento do número de atletas entusiasma os dirigentes responsáveis pelo projecto, e augura um bom futuro para a modalidade em Tomar. “Acreditamos piamente que dentro de poucos anos o basquetebol em Tomar vai ser uma modalidade de referência. Precisamos de apoio das entidades e empresas, porque dos pais não podemos pedir muito mais do que o que fazem”, disse a terminar Luís Azevedo.
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