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Jovem acusado de homicídio não fez declarações no início do julgamento e chorou no início da sessão

O jovem suspeito de ter esfaqueado mortalmente Artur Sousa, após uma briga numa rua do centro histórico de Tomar, remeteu-se ao silêncio na primeira sessão do julgamento, realizada a 2 de Dezembro, no Tribunal Judicial de Tomar. J.A., conhecido na cidade pela alcunha de “Nana”, que está detido preventivamente no Estabelecimento Prisional de Leiria, acusado do crime de homicídio qualificado e detenção e arma proibida, chorou antes do início da sessão.Como O MIRANTE noticiou na altura, a vítima mortal foi encontrada inconsciente na madrugada de 9 de Março deste ano, numa rua do centro da cidade e acabaria por falecer no dia seguinte no Hospital de Abrantes. Os pais pedem uma indemnização de 150 mil euros por danos morais e patrimoniais. O suspeito nega a autoria do crime.Diversos familiares e amigos do arguido assistiram à primeira sessão do julgamento durante a qual foram ouvidas as testemunhas de acusação, a maioria amigos de Artur Sousa, que estavam com a vítima na altura dos acontecimentos. Segundo as testemunhas o arguido e a vítima discutiram e andaram à pancada na Rua Serpa Pinto, em frente a uma pizaria, mas não ficou esclarecido o motivo. Alguns minutos mais tarde, testemunhas viram Artur Sousa a fugir de J.A. e foram atrás deles. Quando os encontraram Artur Sousa estava inconsciente no chão e o arguido negou ter-lhe feito mal. As duas primeiras testemunhas disseram que viram o arguido com um objecto na mão, que não conseguiram identificar. No entanto, agentes da PSP que passaram no local num carro patrulha e que revistaram o suspeito não encontraram qualquer objecto cortante na sua posse. A arma do crime nunca chegou a ser localizada. A morte de Artur Sousa acabou por estar envolvida em polémica uma vez que os familiares acham que houve negligência no auxílio, quer por parte dos bombeiros quer por parte do hospital de Tomar. Inicialmente o caso foi tratado como sendo de mero coma alcoólico uma vez que não havia sangue visível no local da ocorrência. Artur deu entrada às 5h13 no hospital de Tomar e às 7h40 na unidade de curta duração cirúrgica do hospital de Abrantes. Às 11h50 foi transferido para a unidade de cuidados intensivos polivalente de Abrantes vindo a falecer no dia 10 às 01h10. Quando entrou no hospital de Abrantes o seu diagnóstico era de “choque hemorrágico com falência multiorgânica”. O golpe, superior a 10 centímetros, atingiu uma artéria e perfurou os intestinos, provocando uma hemorragia interna fatal. O arguido acabou por ser detido no dia seguinte à morte de Artur, quando se deslocava de comboio para Lisboa.

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