Primeira fase do Parque de Negócios do Cartaxo concluída em Janeiro
Sessão pública de esclarecimento serviu para garantir que o projecto Valleypark tem pernas para andar
As obras de infraestruturação da primeira fase do Valleypark - Parque de Negócios do Cartaxo devem estar concluídas em Janeiro, revelou o presidente do conselho de administração do Valleypark, José Eduardo Carvalho, durante a sessão pública de esclarecimento realizada na noite de quinta-feira, 12 de Dezembro, no Auditório da Quinta das Pratas, no Cartaxo. As dúvidas suscitadas em torno da viabilidade do projecto do Valleypark deram o mote para a realização desta sessão de esclarecimento em que esteve também o presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Magalhães Ribeiro, e Jorge Pisca, presidente do Núcleo do Cartaxo da Nersant - Associação Empresarial da Região de Santarém. Esta primeira fase do Valleypark abrange uma área de 5,9 hectares e engloba a construção das instalações da Tagusgás. No espaço existirá ainda uma incubadora de empresas, instalações que estão em fase de lançamento do concurso. O Valleypark ocupa uma área total de 30,6 hectares. Até ao momento a sociedade gestora Valleypark, S.A. já investiu cerca de 16,6 milhões de euros no projecto.Pedro Magalhães Ribeiro considera o Valleypark como “projecto estruturante para o concelho”, sendo uma forma de tornar o Cartaxo mais atractivo para fixar empresas, centros de investigação e laboratórios que tragam mais emprego ao município, uma vez que o município beneficia da proximidade com a capital e beneficia de boas acessibilidades. “Estamos muito empenhados para atrair mais investimento”, garantiu o autarca, salientando a importância de “resolver os impasses e bloqueios que ainda existem nesta área de localização empresarial e aumentar a capacidade de atrair novas empresas, para que rapidamente se instalem neste moderno espaço”.O presidente do conselho de administração do Valleypark apresentou nesta sessão pública de esclarecimento o processo de criação do projecto desde a sua concepção até à actualidade, revelando que o conceito começou a ser pensado em 1999, uma vez que até então o que havia para acolher empresas eram as zonas industriais.José Eduardo Carvalho deu como exemplo a Chamusca, em que a realidade existente há oito anos era bem diferente da existente hoje. Na altura verificava-se um nível de desemprego alto, escassez de acessibilidades e vivia-se basicamente da agricultura. A aposta no desenvolvimento empresarial acabou por alterar o rumo. “A Chamusca não tinha há oito anos uma única empresa naquele local”, afirmou, lembrando que com o Eco-Parque do Relvão, criado na freguesia da Carregueira, conseguiram-se criar 550 postos de trabalho e formou-se o principal cluster da indústria do tratamento de resíduos.Jorge Pisca referiu que a Nersant acreditou desde o início no projecto Valleypark que trará desenvolvimento ao concelho do Cartaxo, considerando que os 585 mil euros que a autarquia irá investir no projecto se trata de “um valor irrisório no orçamento da câmara, um valor muito pequeno para um investimento que poderá trazer a curto prazo desenvolvimento no nosso concelho” tratando-se de “um risco muito calculado”.Município do Cartaxo apoia empreendedorismoPedro Magalhães Ribeiro aproveitou a sessão de esclarecimento para adiantar que a autarquia está empenhada em dar o seu contributo para o desenvolvimento do projecto e que na próxima reunião de câmara será apresentada “uma profunda alteração na estratégia do município, privilegiando o apoio às empresas e à economia local”. A Câmara do Cartaxo passará a ter uma unidade de trabalho que facilitará “os negócios e a acção dos empresários” e que incentivará ao empreendedorismo. A primeira missão desta unidade de trabalho passa pela criação da Carta do Investidor, que segundo o autarca tem como objectivo apresentar os potenciais investidores ao município.
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