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O desânimo da pescadora

O desânimo da pescadora

Emília Rosa olha para o chão porque do céu não vem o milagre de recuperar o motor do barco que lhe roubaram e que era o seu sustento e da família. No cais de Vila Franca de Xira, ao fundo, estão os barcos que são como lares para estas gentes que vivem da pesca, da labuta de ganhar o que podem para continuarem a pôr na mesa aquilo que não se pesca no Tejo. À hora a que os ladrões lhe levaram o motor, na madrugada de 14 de Dezembro, Emília dormia na cama onde afoga as dores do trabalho. A pescadora não quer acreditar na má sorte que lhe bateu à porta quando pela cidade naquela altura outros pensavam já nas compras de Natal. A protecção divina que tanto pedem os pescadores para que não falte o peixe e os proteja das adversidades parece que desta vez também estava a descansar. Emília não tem dinheiro para comprar um novo motor e a remos perde-se tempo. Emília perdeu muito mas ainda não perdeu a fé de que as autoridades encontrem o motor que tanto suor e madrugadas sem dormir lhe custou. Resta-lhe esperar. Mike Marques
O desânimo da pescadora

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