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“Apagão” das promessas eleitorais de investimento feitas pelo PS no Entroncamento

Até 2017 não está prevista qualquer obra das mencionadas no decorrer da campanha

Nas Grandes Opções do Plano para os próximos quatro anos só há obras já lançadas. Depois é o vazio. Para este ano o presidente da câmara garante que não será aumentada a factura da água nem qualquer taxa.

O presidente da Câmara Municipal do Entroncamento, Jorge Faria (PS), garante que o orçamento municipal para 2014 vai ter uma taxa de execução próxima dos 100 por cento, “se tudo correr em conformidade”, e que não será aumentada qualquer taxa, falando mesmo em “diminuição real” das mesmas.O município prevê gastar 21.234.974 euros no corrente ano, o que significa uma diminuição de 9.623.000 euros em relação ao que foi orçamentado para 2013 pelo anterior executivo de maioria PSD. Para o vereador Carlos Matias do BE, que se absteve na votação do Orçamento e das Grandes Opções do Plano (GOPs) para 2014-2017 no seio do executivo municipal, trata-se de um autêntico “apagão” em termos de investimento.O vereador da oposição considerou positiva a “assunção pública de que não serão aumentadas as tarifas da água, do saneamento e da recolha de resíduos sólidos” mas considerou o orçamento e as GOP “profundamente frustrantes em termos de investimento. “ (...) Assistimos a um quase “apagão”, concluídas que sejam as grandes obras ainda lançadas no anterior mandato”, referiu.Carlos Matias explicou que nem sequer estava a falar da ausência das propostas que o seu partido gostaria de incluir mas daquilo que a maioria PS propôs durante a campanha eleitoral para as eleições autárquicas de Setembro. “Onde está, agora ou no horizonte de 4 anos, a recuperação do Cine-Teatro S. João? Onde está, agora ou no horizonte de 4 anos, a requalificação do mercado municipal? Onde está, agora ou no horizonte de 4 anos, a requalificação de espaços verdes dentro da cidade? A lista poderia continuar e sempre com o mesmo resultado. Nem agora, nem no horizonte de 4 anos estão lá esses investimentos, nem que fosse numa perspectiva de irmos à luta por eles, no difícil quadro actual”, declarou.Depois de desafiar o PS a identificar rapidamente “os mecanismos de mobilização de recursos que, no mínimo, garantam alguns aspectos positivos do seu próprio programa”, declarou: “A cidade votou pela mudança, na expectativa de que iria melhorar. Não podemos portanto aceitar retrocessos. Pela nossa parte, bater-nos-emos pelo nosso programa e é limitada a tolerância em relação ao apagão que nos é proposto”.O orçamento foi aprovado na câmara com os votos a favor dos quatro eleitos do PS e do vereador da CDU, David Ribeiro, a abstenção do vereador do BE e o voto contra da vereadora do PSD, Isilda Aguincha, que realçou o facto de o executivo anterior, de maioria social-democrata, ter deixado obras em execução e projectos de outros investimentos que podem ser candidatados logo que haja dados concretos sobre o novo Quadro Comunitário de Apoio. Na assembleia municipal, realizada a 20 de Dezembro, onde o PS não dispõe de maioria absoluta, a CDU foi a única força política, além do PS, a votar a favor do Orçamento e GOP 2014-2017.

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