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Diminuição de número de desempregados no distrito de Santarém não convence sindicatos

Diminuição de número de desempregados no distrito de Santarém não convence sindicatos

De acordo com dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional existiam 23.383 desempregados em Dezembro. Santarém, Abrantes e Tomar lideram a estatística negra.

O distrito de Santarém apresentava, em Dezembro último, 23.383 desempregados, apontando para uma ligeira diminuição do desemprego. Os concelhos que lideram esta estatística são Santarém (3026), Abrantes (2478) e Tomar (1632). Os números, com base em dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), foram revelados por Rui Aldeano, coordenador da União de Sindicatos de Santarém (USS), afecta à CGTP-IN, numa conferência de imprensa realizada em Tomar na segunda-feira, 27 de Janeiro. A estatística não convence, porém os sindicatos pretendem “desmascarar” algumas das informações que têm vindo a público nas últimas semanas, por parte do Governo, sobre a retoma económica. “Esta descida não é real porque temos que ser pragmáticos e, olhando à nossa volta, vemos o empobrecimento das pessoas a aumentar. Os dados desceram porque o Estado só considera desempregados os trabalhadores que estão em casa. Falta contabilizar os trabalhadores que não recebem qualquer prestação social e os que estão a trabalhar inseridos em programas de formação profissional”, disse. De acordo com a USS, os sindicatos “não podem estar descansados com a actual situação sócio-económica no distrito”, quase três anos após a entrada da Troika em Portugal e do governo PSD/CDS ter iniciado funções. “No ano de 2012, as insolvências registadas no distrito de Santarém foram de 261 e no ano de 2013, embora o número tenha sido reduzido não deixa de ser elevado, tendo declarado falência 222 empresas”, afirmou. Rui Aldeano apelou ainda à participação de todos os trabalhadores do distrito numa marcha de protesto nacional que também está agendada para sábado, 1 de Fevereiro, pelas 15h00, junto às instalações da Segurança Social de Santarém. “No ano em que se comemora 40 anos do 25 de Abril, devemos ainda lutar mais para recuperar os direitos que foram roubados. Vale a pena lutar”, apelou. Situação das empresas TEMA e IFM-Platex causa apreensãoO coordenador da União de Sindicatos de Santarém (USS), Rui Aldeano, mostrou-se apreensivo pela situação que se verifica actualmente na TEMA, empresa localizada na zona industrial de Tomar que fabrica móveis e mobílias, e na IFM-Platex, empresa transformadora de madeiras. O sindicalista referiu que muitos trabalhadores “chegam a ficar em casa aos oito e quinze dias” porque as empresas têm dificuldades em adquirir matérias-primas e, deste modo, não têm trabalho para distribuir. “Temos receio que as empresas não estejam a pagar aos fornecedores e isso leva a que sejam obrigadas a parar a produção. Como não há almoços grátis, muitos trabalhadores devem estar a fazer bancos de hora ou a desempenhar outras funções para as quais não foram contratados”, sublinhou.
Diminuição de número de desempregados no distrito de Santarém não convence sindicatos

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