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O eterno “Zezinho dos tecidos”

O eterno “Zezinho dos tecidos”

É o comerciante há mais anos no activo em Tomar. Tem 82 anos, chama-se José Costa mas todos o conhecem em Tomar, onde tem uma loja junto à Rotunda Alves Redol, como “o Zezinho dos tecidos”. O diminutivo ficou-lhe do tempo em que, com apenas 11 anos, começou a trabalhar numa loja de panos de uns parentes na cidade templária. Natural da freguesia de Quadrazais, situada na base da Serra da Malcata, distrito da Guarda, foi com essa idade que veio para Tomar naquela que foi a sua primeira viagem de comboio. Depois de alguns anos decidiu estabelecer-se por conta própria, dividindo a sociedade do negócio com um cunhado. Mais tarde, já sem o sócio, alugou a loja de tecidos onde está há perto de 60 anos e que foi melhorando consoante o dinheiro amealhado, ampliando as instalações e diversificando a oferta de produtos. Há dois anos concretizou o sonho de comprar o estabelecimento. “Nunca fui de gastar o dinheiro mal gasto e evitei sempre ter muitos empregados para conseguir poupar”, aponta, contando na loja com o apoio do filho Américo e do funcionário Tó. Viúvo há cinco meses continua a ir todos os dias para a “Casa Costa”, onde os clientes já se tornaram verdadeiros amigos, convivendo cordialmente com todos. “Estou melhor aqui do que em casa. Já não se vende tantos tecidos como antigamente mas há sempre quem apareça”, indica. Se for preciso ainda agarra no metro e corta a medida exacta. “Tenho na ideia que hei-de morrer atrás deste balcão”, refere, antes de retirar o chapéu da cabeça para se despedir. Elsa Ribeiro Gonçalves
O eterno “Zezinho dos tecidos”

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