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José Cid recupera três álbuns de rock progressivo para concerto em Lisboa

José Cid recupera três álbuns de rock progressivo para concerto em Lisboa

O músico José Cid vai interpretar, pela primeira vez ao vivo, o álbum “10.000 anos depois entre Vénus e Marte”, de 1978, em Abril, em Lisboa, mas o alinhamento incluirá também outros álbuns de rock progressivo que compôs. O músico explicou à agência Lusa que, no concerto de 11 de Abril, na Aula Magna, vai transpor aquele álbum, considerado internacionalmente um dos melhores de rock sinfónico e progressivo, mas os temas serão encurtados, por “não ter interesse musical”.Além de “10.000 anos depois entre Vénus e Marte”, José Cid irá ainda interpretar o tema do álbum “Vida (Sons do quotidiano)”, de 1977, e “Onde, Quando, Como, Porquê, Cantamos Pessoas Vivas”, lançado em janeiro de 1975, marcado ainda pelos primeiros meses de liberdade, e creditado ao Quarteto 1111.A estes juntará ainda três faixas do próximo álbum de rock sinfónico, intitulado “Vozes do Além”, sobre a reincarnação, com letras do músico, de Sophia de Mello Breyner Andresen e de Natália Correia, que será gravado entre 2015 e 2016, disse.“10.000 anos depois entre Vénus e Marte”, com uma temática de ficção científica, foi editado em 1978 pela Orfeu, de Arnaldo Trindade, e interpretado por Cid, ao lado de Ramon Galarza, Zé Nabo e Mike Sergeant, que não actuarão na Aula Magna.Descendente de uma das famílias mais influentes da Chamusca, José Cid nasceu para a música a cantar fados na Ascensão. Tocava piano no sótão da casa de família. Sempre tocou de ouvido. O autor foi um dos que veio revolucionar a música portuguesa nos finais dos anos 60, então no Quarteto 1111. Até à revolução do 25 de Abril de 1974 foi um dos cantores mais censurados pelo regime ditatorial. Quando começou a abordar temas como a emigração e o colonialismo também foi criticado pela família, que não gostava de ver um elemento de um clã tradicional e conservador enveredar pelo mundo do espectáculo.José Cid nasceu em 4 de Fevereiro de 1942 na Chamusca e sempre foi um irreverente defensor da música portuguesa. O que o levou a surgir seminu numa capa de revista com a intenção de chocar e chamar a atenção para o drama que vivia uma geração de músicos e autores que tanto deu ao país. Os leitores de O MIRANTE elegeram o cantor natural da Chamusca como Personalidade do Ano 2007, quando a sua carreira renasceu das cinzas.
José Cid recupera três álbuns de rock progressivo para concerto em Lisboa

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