Até onde vai a autonomia de cada câmara municipal? Se pode reduzir, como fez a Câmara de Tomar, o horário semanal de 40 para 35 horas e se pode dar os dias que quiser de tolerância de ponto, também pode fixar salários diferentes para os seus trabalhadores ou criar carreiras próprias e cargos diferentes? Independentemente das respostas às minhas interrogações, considero que esta medida de concessão de um dia de tolerância de ponto é meramente populista. Fazer política contra o Governo desta forma, uma vez que a justificação para a tolerância são os cortes salariais que os trabalhadores vão ter, é demagogia pura. A preocupação da presidente da Câmara de Tomar, Anabela Freitas (PS), deveria ser com a gestão municipal e não com os direitos e regalias dos trabalhadores. Para isso existem os sindicatos.Rui Ricardo