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Carlos Brás

Carlos Brás

Administrador da VEDAP, 39 anos, Ourém

“Penso que os debates são importantes para se fazerem ouvir algumas vozes. Aprende-se muito também mas, claro, depende sempre dos interlocutores. Gosto mais dos debates com uma vertente menos política. Para mim um bom político é a pessoa que consegue dizer a verdade sem estar a mentir”* * *“Se considerarmos que insultar o árbitro é dizer que “deve estar com miopia” depois de errar tanta vezes para o mesmo lado, então já insultei alguns...”

É fácil para si assumir o papel de líder?Sim, porque acaba por ser uma liderança partilhada. Sou mais o chefe da equipa, que delega responsabilidades mas, no fundo, partilhamos tudo. O meu papel passa por dizer estou aqui para vos ajudar e podem procurar-me sempre que tiverem dúvidas. Dou alguma liberdade de acção aos meus colaboradores e, sempre que me dizem que têm dificuldades, acompanho-os no terreno para perceber a realidade. Temos funcionado bem assim. As pessoas utilizam cada vez mais os equipamentos inseridos nos espaços ambientais?Noto, sobretudo, um esforço por parte das autarquias que têm apostado na requalificação de alguns equipamentos para atrair os munícipes ou visitantes ao seu concelho. Nas pessoas também noto algumas mudanças de comportamento. Ao início, podem criticar o impacto que estes equipamentos têm, por exemplo, na paisagem mas depois começam a usar os espaços e esta utilização é expressiva, grande, especialmente junto às zonas ribeirinhas.Já alguma vez visitou o Centro de Ciência Viva de Constância?Moro em Ourém mas venho todos os dias trabalhar para Constância, desde há oito anos. Já visitei o CCCV algumas vezes e tenho acompanhado, de perto, a sua evolução. Noto que há uma preocupação em adquirir novas valências e proporcionar novas experiências aos visitantes. Neste momento, por exemplo, existe no espaço um avião para que as crianças e adultos aprendam mais sobre o mundo da aeronáutica.Já alguma vez escreveu num livro de reclamações?Sim, nos CTT de Constância porque nunca colocavam a correspondência nos apartados às dez da manhã, como estava indicado. Deslocava-me às 10h15 para levantar o correio e nada. Chateado, escrevi no livro de reclamações. O meu acto resultou numa correcção do horário mas não foi por isso que passaram a entregar o correio mais cedo. Mudaram o horário para as 10h30 (risos).A Troika ajudou o país a sair da crise?Numa primeira fase penso que a Troika ajudou o país a entrar na crise e obrigou o Governo a falar sobre alguns assuntos que os políticos, normalmente, não gostam de falar: das situações reais. Na segunda fase, penso que as metas definidas e os objectivos, muito ambiciosos, agravaram a crise. Agora, depois da economia cair tanto, os indicadores só podiam ser melhores. Primeiro temos que ver como corre este ano mas acredito que algumas reformas possam vir a dar resultados em 2015.Já participou em algum debate?Sim, já participei, por exemplo, nesta questão da ponte de Constância. Penso que os debates são importantes para se fazerem ouvir algumas vozes. Aprende-se muito também mas, claro, depende sempre dos interlocutores. Gosto mais dos debates com uma vertente menos política. Para mim um bom político é a pessoa que consegue dizer a verdade sem estar a mentir.Costuma insultar os árbitros de futebol?Sou simpatizante do Sporting mas não sou sócio. Sou contra a violência no futebol e, por isso, nunca levei o meu filho a ver um jogo num estádio. Se considerarmos que insultar o árbitro é dizer que “deve estar com miopia” depois de errar tanta vezes para o mesmo lado, então já insultei alguns... O que acha que originou a tragédia na Praia do Meco?Não acho que tenha sido praxe mas antes uma brincadeira, com bebidas a mais à mistura, que correu mal. Provavelmente, queriam ver quem era o mais valente a entrar na água mas, enquanto pescador (como hobbie), sei que com o mar não se brinca. Eu fui praxado e sei que quem sofre mais nas praxes são as pessoas mais introvertidas. Se calhar as praxes deviam ser substituídas por um evento de música ao vivo, patrocinado pela própria universidade, para receber as pessoas.
Carlos Brás

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