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Atrevido Serafim das Neves

Lamento que nunca ninguém tenha explicado à senhora de Vaqueiros que andava há anos a empurrar a cadeira de rodas da filha pela Estrada Nacional 3 para a levar às consultas, que o lema das nossas instituições é o famoso “Quem não chora, não mama!”. É por causa deste deficit de informação que acontecem casos destes e ainda piores. As nossas queridas instituições estão devidamente preparadas e apetrechadas para resolver os problemas dos cidadãos, como se viu neste caso. A culpa é dos cidadãos que, em vez de irem mostrar as misérias para os jornais ou para as televisões, insistem em fazer-se ao caminho à procura de soluções. É um desperdício de tempo, recursos e energias. Que o diga a tal senhora. Assim que saiu a fotografia dela aqui no jornal, zás, foi um ver se avias. Até uma casa junto ao centro de saúde lhe arranjaram mesmo não precisando ela de casa.Nestas alturas lembro-me sempre dos vendedores de gelados e bolas de Berlim das praias que sublinham a lista de produtos que vendem com a famosa frase “Chora, chora, que a mamã compra!”. Não seria aconselhável termos em cada esquina cartazes a dizer, “Chora, cidadão chora, que a segurança social resolve!”. Muitas pessoas pensam que a Segurança Social era insensível à sorte da senhora que empurrava a cadeira de rodas pelo meio de uma Estrada Nacional. Uma ideia errada como se viu. Afinal nada dá mais prazer ao Director Regional de Santarém, Tiago Leite e a outros beneméritos, do que dar casa, carro, consultas, cadeiras de rodas e tudo o mais que for preciso a quem precisa. O que é preciso mesmo é que haja notícia para que surja no horizonte, em voo planado, o super-homem. O salvador dos fracos e dos oprimidos. O herói dos fracos e desprotegidos.A ajuda para os problemas do povo está preparadinha atrás da porta mas primeiro é preciso que o povo chore e implore. Infelizmente estas coisas são apenas para especialistas. Para os sobredotados da pedincha. Eu conheço alguns e elogio-lhes as qualidades. Eles batem às portas todas. Esforçam-se, choramingam, insistem, persistem, rastejam, mendigam...e conseguem sempre o que querem porque quem dá não gosta de dar de bandeja para não criar a ideia de que a vida é fácil. Infelizmente a população em geral não está ao nível desses sobredotados e não percebe a psicologia de quem manda.    A moda das águas com gás e com sabores já chegou às empresas de abastecimento da região. Os consumidores é que não parecem muito entusiasmados. Reclamam por tudo e por nada, vê lá tu. Que o contador marca o ar que entra em vez de marcar o consumo de água, dizem eles. Que a água tem sabor a terra. Enfim, é de lamentar que as pessoas não aceitem que a água com gás é mais cara, por exemplo. Nos cafés e nos supermercados já é assim, porque não há-de ser também assim na água da rede. E se existe água com sabor a tudo e mais alguma coisa, porque não há-de existir uma água com um bom sabor a terra? Esquisitos!!! Como é que este país pode andar para a frente se as pessoas reagem à inovação e ao progresso desta maneira pouco civilizada??!!Acabei de saber que o município de Ourém se geminou com uma cidade da República Checa. Ora aqui está finalmente uma geminação como deve ser. Os responsáveis municipais dizem que os pontos de contacto entre as duas cidades são imensos. Eu não sei se é assim embora ache algumas semelhanças entre o português e checo, principalmente quando vejo filmes daqueles mais atrevidos com actrizes daquele país a gritar Ai! Ui! Ooohhh!!! Ooohh!! Aaaiii!!! Além disso já li alguns livros do Milan Kundera e se queres que te diga percebi tudo sem ter que ir ao dicionário uma única vez.O Ministro da Administração Interna andou aqui pelo Distrito de Santarém e, entre muitas outras coisas, disse que se ainda sobrarem uns tostões depois de rapado o tacho dos Fundos Comunitários, eles vão ser aplicados na construção de um posto para a GNR de Alpiarça e que os casos das instalações das Forças de Segurança de Salvaterra de Magos, Alcanena e Entroncamento se mantêm em avaliação. Perante esta situação fico espantado com o silêncio do Mário Nogueira, aquele dos Sindicatos dos professores que quando ouve falar de avaliações fica logo fora de si. A avaliação das esquadras e postos daquelas terras já dura há décadas. Como é possível que ainda vá continuar??!!! Saudações avaliadoras Manuel Serra d’Aire

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