uma parceria com o Jornal Expresso

Edição Diária >

Edição Semanal >

Assine O Mirante e receba o jornal em casa
31 anos do jornal o Mirante
Pedidos de ajuda têm aumentado na Misericórdia de Santarém

Pedidos de ajuda têm aumentado na Misericórdia de Santarém

Duzentos funcionários para 14 valências frequentadas por um milhar de utentes
A Santa Casa da Misericórdia de Santarém (SCMS), está a servir em média 125 refeições diárias nas cantinas sociais. Um número que aumenta ao fim-de-semana, com mais 21 refeições do que aquelas que tem protocoladas com a Segurança Social. O serviço de cantinas sociais é muito procurado por jovens licenciados com filhos e que estão desempregados. “O número de refeições aumenta ao fim-de-semana porque durante a semana as crianças comem na cantina da escola e ao fim-de-semana os pais têm que levar para os filhos”, explica o Provedor, Mário Rebelo. Para além das refeições das cantinas sociais a Misericórdia serve no total das suas valências cerca de 2500 refeições. Ao serviço da Misericórdia de Santarém, instituição com mais de cinco séculos de actividade, estão cerca de duas centenas de funcionários, distribuídos pelas catorze valências onde é dado apoio a mais de um milhar de pessoas. Cerca de 70 voluntários dão apoio às diversas actividades. A Santa Casa da Misericórdia é utilizada também ,por 30 a 40 pessoas que diariamente vão tomar banho e mudar de roupa na instituição. Apesar da crise condicionar a gestão da Misericórdia de Santarém, a instituição vai avançar com alguns projectos. Ficou com a gestão da Estrutura Residencial para Pessoas Idosas (ERPI) de São Domingos que está preparado para dar uma resposta máxima a 65 utentes e em breve vai começar a explorar a Quinta das Fontainhas - situada ao lado do ERPI - que lhes foi cedida por 99 anos. Até ao final do ano vai também ter a funcionar sete residências assistidas. Quem vai em peregrinação para Santiago de Compostela ou Fátima pode descansar na Pousada da Misericórdia. O custo é de cinco euros e para além da dormida pode incluir banho e pequeno-almoço.O provedor afirma que a existência das Misericórdias nunca fez tanto sentido como agora e que a crise acabou por se tornar uma oportunidade. “A crise serviu para nos unirmos e darmos mais valor às coisas que não dávamos. Havia muito consumismo e a maioria das pessoas vivia acima das suas possibilidades. Toda esta situação deve servir para reflectirmos e acredito que daqui a dez anos as pessoas vão poupar como os nossos antepassados faziam”, sublinha. Para Mário Rebelo, que também é presidente do secretariado da União de Misericórdias do Distrito de Santarém, o grande desafio de um Provedor é criar receitas e diminuir a despesa. “Não podemos dizer que as Misericórdias não são sustentáveis. Temos é que criar soluções para a auto-sustentabilidade destas instituições”.Provedor da Misericórdia de Santarém desde 2010Mário Rebelo nasceu a 29 de Outubro de 1949. É Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Santarém desde 2010. Está no segundo mandato que termina a 31 de Dezembro de 2015. O engenheiro civil, natural de Moçambique, onde passou toda a sua infância e juventude, fez quase toda a sua carreira profissional como quadro superior da Câmara de Santarém e diz que estar à frente da Misericórdia é como gerir uma média empresa. Casado, pai de um casal e avô de três netos, Mário Rebelo é dono de um vasto currículo ligado ao movimento associativo, tendo desempenhado cargos de relevo quer no âmbito do movimento rotário quer na delegação de Santarém da Cruz Vermelha ou no Círculo Cultural Scalabitano, entre outros.
Pedidos de ajuda têm aumentado na Misericórdia de Santarém

Mais Notícias

    A carregar...