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“Galifões” do aparelho partidário é que tramaram Isaura Morais nas eleições para a distrital do PSD

Vice-presidente da Câmara de Rio Maior fez essa leitura na última reunião do executivo, onde até alguns vereadores da oposição se solidarizaram com a autarca social-democrata.

A presidente da Câmara de Rio Maior recebeu a solidariedade de alguns vereadores na reunião do executivo de sexta-feira, a primeira após a derrota de Isaura Morais nas eleições para a liderança distrital do PSD, em que perdeu para o deputado Nuno Serra. O vice-presidente da Câmara de Rio Maior, Carlos Frazão (independente eleito pela coligação PSD/CDS), foi o mais assertivo nos comentários, dizendo que a derrota de Isaura, que se candidatava a um segundo mandato como líder da distrital de Santarém do PSD, foi uma derrota dos autarcas face aos “galifões do aparelho partidário” que, deixou a entender, têm outro tipo de argumentos nestas contendas eleitorais.Recorde-se que Isaura Morais contava com o apoio declarado dos outros presidentes de câmara do PSD no distrito (Santarém, Ferreira do Zêzere e Sardoal), com excepção do de Mação, que preferiu manter a neutralidade face às duas candidaturas.Na reunião do executivo da Câmara de Rio Maior realizada na sexta-feira, 28 de Março, o primeiro a endereçar a sua “solidariedade” a Isaura Morais foi o socialista Daniel Pinto, considerando que a derrota da autarca pode ter sido má para o concelho. “É sempre bom para Rio Maior que os líderes do nosso concelho atinjam patamares elevados de decisão. Espero que esta derrota não seja também uma derrota para Rio Maior”, afirmou, manifestando a esperança que Isaura continue a defender o melhor que puder e souber os interesses do município.Outro vereador socialista, Carlos Nazaré, candidato derrotado por Isaura Morais nas últimas autárquicas, afirmou que sabe o que custa perder eleições e considerou que a derrota partidária da autarca até pode ser boa para o concelho, pois esta ficará com “maior disponibilidade” e uma “maior liberdade de movimentos” em termos reivindicativos, já que os interesses do município nem sempre coincidem com os interesses do partido a nível regional ou nacional.Isaura Morais agradeceu as manifestações de solidariedade e lembrou que há dois anos, quando foi convidada a liderar a única lista concorrente à distrital do PSD, ser candidata a esse cargo “era o que menos precisava” pois ainda tinha alguns dossiês autárquicos por abrir. Reconheceu que enquanto foi líder distrital do partido nem sempre foi fácil fazer passar as mensagens que a direcção nacional do PSD, enquanto partido líder do Governo, lhe pedia que passasse e disse que a experiência destas eleições partidárias permitiram-lhe conhecer ainda melhor a região e “crescer politicamente”.

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