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Variante ferroviária a Santarém não consta das prioridades do Governo

Variante ferroviária a Santarém não consta das prioridades do Governo

Modernização da Linha do Norte contempla troço entre Vale de Santarém e Entroncamento, mas não prevê qualquer alteração de traçado.

A modernização da linha ferroviária do Norte no troço entre Vale de Santarém e Entroncamento é uma das obras públicas consideradas prioritárias pelo Governo no próximo quadro comunitário de apoio, que vigora entre 2014 e 2020, mas ainda não é desta que contempla a alteração do traçado na zona de Santarém.Recorde-se que devido à instabilidade das barreiras de Santarém, a circulação de comboios nessa zona faz-se a uma velocidade mais reduzida, sendo um dos constrangimentos mais relevantes no traçado da Linha do Norte, que liga Lisboa ao Porto. No relatório final do grupo de trabalho para as infraestruturas de elevado valor acrescentado, já aprovado pelo Governo em Conselho de Ministros, refere-se claramente que “não irá haver alterações de traçado” na Linha do Norte, pelo que cai por terra a esperança de que fosse desta que avançasse a variante ferroviária a Santarém. Um projecto que esteve previsto para o anterior quadro comunitário de apoio e que implicava a construção de uma nova estação ferroviária na cidade, na zona da Portela das Padeiras.A variante ferroviária de Santarém devia substituir o actual traçado da Linha do Norte entre Vale de Santarém e Mato de Miranda, numa extensão de cerca de 26 quilómetros. Permitiria o tráfego de composições tradicionais até 160 km/hora e de comboios basculantes até 190 km/hora. O estudo de impacte ambiental do projecto chegou a estar em fase de consulta pública em 2008. O investimento previsto era, à época, de 220 milhões de euros.Um valor substancial para tempos de crise, tendo em conta que o Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas para o horizonte 2014-2020 agora aprovado, prevê um investimento de 400 milhões de euros para os próximos seis anos na Linha do Norte. As intervenções projectadas, para além do troço Vale de Santarém/Entroncamento, são nos troços Alverca/Castanheira do Ribatejo, Gaia/Ovar, Alfarelos/Pampilhosa e no Terminal da Bobadela. Segundo as previsões, as obras são para começar após 2016 e estar concluídas antes do final do quadro comunitário de apoio, que expira em 2020.Um balde de água friaO assunto foi abordado na última reunião do executivo da Câmara de Santarém, tendo o vereador Francisco Madeira Lopes (CDU) considerado “muito preocupante e uma derrota para o concelho de Santarém” que esse investimento não esteja inscrito no plano de obras públicas do Governo. E perguntou ao presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), se o município “foi tido e achado” nesse processo.“Este documento é um balde de água fria que adia para nunca mais a alteração do traçado da Linha do Norte. O que fez o senhor presidente para alterar esta situação?”, questionou Madeira Lopes, sublinhando que em causa está a estabilidade das barreiras que delimitam o planalto citadino, situação que condiciona a velocidade dos comboios na zona da Ribeira de Santarém.Ricardo Gonçalves garantiu que fez sentir ao Governo a necessidade desse investimento, dizendo que não vai abdicar dele.
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