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Polémica com o Legado de Álvaro da Silva Simões

Vereador Francisco Cunha insatisfeito com explicações do presidente Mário Pereira
O caso do legado de Álvaro da Silva Simões deixado, em testamento, à Câmara Municipal de Alpiarça voltou a dominar a última sessão camarária realizada na semana passada. Apesar das explicações do presidente, Mário Pereira (CDU), o vereador da oposição continua a defender que as propriedades que Álvaro da Silva Simões doou ao município “desapareceram”. Mário Pereira explicou que nunca ficou definido em deliberação camarária, que deveria ter sido feito no mandato socialista, quais as propriedades afectas ao legado de Álvaro da Silva Simões após a permuta de terrenos entre a câmara e a cooperativa Agroalpiarça, que tem como cooperante maioritário o município.Como O MIRANTE noticiou na última edição, um terreno que integrava o legado que Álvaro da Silva Simões deixou à Câmara de Alpiarça em testamento, escrito em 1939, avaliado em 273 mil euros, foi permutado em 2008 com terrenos da Agroalpiarça. Posteriormente, quando o terreno, já pertencia à cooperativa agrícola, entregue ao banco para pagamento de uma dívida à banca. O negócio foi feito quando era presidente da câmara o socialista Joaquim Rosa do Céu.Também fazia parte do testamento de Álvaro da Silva Simões um prédio urbano situado na Rua José Relvas. No entanto, este prédio foi integrado no projecto de reordenamento urbanístico do centro cívico, em frente ao Largo do Águias. Por ter sido doado ao município através de testamento, o terreno do Vale da Cigana, com 22,72 hectares, não podia ser vendido directamente pela autarquia. Para contornar a situação, o executivo liderado por Rosa do Céu fez uma permuta de terrenos e, posteriormente, serviu para pagar uma dívida à banca.A escritura definitiva foi celebrada em Setembro de 2009, no final do mandato socialista. O actual presidente explicou, que nunca ficou decidido que terrenos ficariam afectos ao legado de Álvaro da Silva Simões. Uma situação que o actual executivo está a tentar resolver. “Não fazemos desaparecer património da câmara, pelo contrário, preocupamo-nos em recuperá-lo”, justificou Mário Pereira, em resposta ao vereador Francisco Cunha.Contactado por O MIRANTE, o ex-presidente da Câmara de Alpiarça, o socialista Joaquim Rosa do Céu, considera que a permuta do terreno deixado em testamento ao município para pagar uma dívida à banca é uma situação “absolutamente normal”. O antigo autarca refere que é um pensamento “impreparado” dizer-se que o património foi delapidado. Rosa do Céu considera ainda que o facto de não terem sido afectados terrenos ao legado de Álvaro da Silva Simões aquando da permuta com a Agroalpiarça é operação simples de resolver. “É uma operação tão simples como cumprir uma deliberação de câmara com mais de 20 anos que obriga à transferência mensal dos rendimentos do legado Manuel Nunes Ferreira para a Fundação José Relvas e que não está a ser cumprida com pretextos, no mínimo, ‘extravagantes’”, conclui.

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