Centenas de pessoas encheram, no dia 26 de Abril, o Largo 25 de Abril, na Chamusca, para assistir ao Musical “Agora Ninguém Mais Cerra as Portas que Abril Abriu”, uma peça de teatro encenada por Carlos Petisca e levada à cena por actores amadores da Companhia de Teatro do Grupo Dramático Musical JNP da Chamusca.Esse foi sem dúvida o ponto alto dos festejos do 25 de Abril na Chamusca. O Coro Cantar Nosso da Golegã e a Banda da Azinhaga deram força ao espectáculo, que pretendeu dar uma ideia do que foi a tomada do Quartel do Carmo, em Lisboa, pelas tropas comandadas pelo capitão Salgueiro Maia, e o que se passava nas instalações de comando do MFA. A espectacularidade do momento e as músicas cantadas e tocadas no palco prenderam as pessoas e nem a ameaça de chuva as conseguiu desmobilizar.O brilhantismo desta acção contrastou com algum cinzentismo da sessão solene da Assembleia Municipal da Chamusca, onde os discursos dos políticos se dividiram pelo apoio e pelas críticas ao governo, ou pelo apelo a novas políticas que motivem a juventude para a vida democrática.Apesar de falar em nome do PSD, Fernando Garrido não se escusou a tecer algumas considerações que não estão relacionadas com as suas políticas, referindo-se sobretudo ao facto de, na sua opinião, “os sonhos dados no 25 de Abril ainda estão por conquistar”.Fernando Pratas, do PS, destoou das críticas ao Governo, para criticar o antigo executivo da CDU, sobretudo os últimos mandatos, que na sua opinião contribuíram para regredir o desenvolvimento do concelho da Chamusca. “Os últimos quinze anos foram muito maus para o nosso concelho. Os executivos da CDU trabalharam mal e deixaram uma herança pesada para o actual executivo, que agora luta para encontrar soluções para desenvolver a região”.O presidente da câmara, Paulo Queimado (PS), apontou para o aprofundamento dos ideais do 25 de Abril e para que a união se mantenha no executivo da Câmara da Chamusca. O presidente da assembleia municipal, Francisco Velez (PS), optou por criticar os abstencionistas e os grupos independentes, “porque colocam em causa a democracia”.