O antigo presidente da Câmara de Tomar, Carlos Carrão, apresentou na passada semana a renúncia formal ao mandato de vereador no executivo camarário, cargo para o qual tinha sido eleito, pelo Partido Social Democrata (PSD), nas eleições autárquicas de 29 de Setembro de 2013. “Entreguei a carta na câmara na quarta-feira, 16 de Abril, a renunciar ao mandato”, confirmou o ex-autarca a O MIRANTE, sem mais comentários. Carlos Carrão, que perdeu a liderança da câmara para a socialista Anabela Freitas por uma diferença de 281 votos, apresentou a suspensão de mandato de vereador por seis meses no dia seguinte a ter tomado posse, a 16 de Outubro de 2013, “para reflectir sobre a sua futura actividade política”. No dia em que o prazo da suspensão de mandato terminou, decidiu renunciar ao cargo, sendo definitivamente substituído pela vereadora Maria Luísa Oliveira, professora e ex-directora do agrupamento de escolas Gualdim Pais, que representa o PSD no executivo a par do advogado João Tenreiro, actual presidente da concelhia social-democrata. Militante do PSD de Tomar, Carlos Carrão esteve como vereador na câmara durante 14 anos e um ano e meio como presidente da autarquia, entre Fevereiro de 2012 e Setembro de 2013. Após a derrota eleitoral de Setembro, Carrão, reformado da actividade de técnico oficial de contas, optou por se manter na sombra e recusou dar entrevistas. O antigo autarca é, desde o início deste ano, consultor da Resitejo - Associação de Gestão e Tratamento dos Lixos do Médio Tejo, sediada no EcoParque do Relvão, na Chamusca, através de uma empresa de consultadoria e gestão que já prestava serviços para a mesma. Na ocasião, questionado sobre um eventual regresso à autarquia de Tomar, como vereador de oposição, optou pelo silêncio agora quebrado pelo acto de renúncia ao cargo.