Por vezes acordo dum grande pesadelo – Portugal a ser gerido por um bando de simpáticos garotos endiabrados que fogem à escola para brincarem com as coisas sérias dos adultos! “Presidente da Câmara de Tomar anuncia buraco de 3,8 milhões de euros”. “Não há dinheiro para Festival de Estátuas Vivas em Tomar”. “Câmara de Tomar quer lançar moeda templária para dinamizar comércio. No estado de miséria em que se encontra o País não é de admirar que se regresse aos tempos da guerra de 1914-1918 em que câmaras municipais e empresas emitiram cédulas de papel e até cunharam moeda. Os governantes acusam os portugueses de terem gasto o que não tinham mas a verdade é que os governantes, os presidentes das câmaras municipais e os responsáveis pelos serviços públicos têm colaborado com afinco e mestria para o estado caótico das finanças públicas. Lembremo-nos de ainda há pouco tempo, quando as finanças públicas já estavam de rastos, discutia-se acesamente a alto nível, a construção dum gigantesco aeroporto internacional e a implantação de rede ferroviária de alta velocidade. E creio que até houve quem levantasse a ideia peregrina da ligação  ferroviária por ponte do continente à Madeira!Manuel Peñascoso