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“Para as famílias da Chamusca a Semana da Ascensão é uma espécie de segundo Natal”

“Para as famílias da Chamusca a Semana da Ascensão é uma espécie de segundo Natal”

André Tavares, licenciado em Marketing, 32 anos, adjunto de director de centro comercial

É natural e reside na Chamusca, terra da qual muito se orgulha. Licenciado em Marketing, Publicidade e Relações Públicas, a experiência profissional que acumulou, a par do percurso académico, foi determinante para que subisse, degrau a degrau, na carreira que escolheu, sendo hoje adjunto do director do W Shopping, em Santarém, gerido pela empresa Jones Lang LaSalle. Não esquece os valores de humildade que os pais lhe transmitiram e considera que há sempre algo que pudemos aprender com os outros.

Comecei a trabalhar em 2003, em part-time, no Centro Comercial Colombo, como auditor das lojas. Fui para Lisboa com 21 anos, para tirar o curso de Marketing, Publicidade e Relações Públicas, que terminei em 2007. Controlava, por exemplo, as vendas e a qualidade do atendimento. Quando terminei o curso fui convidado pela Sonae Sierra, que administrava o Colombo, para o departamento de Marketing, em regime de part-time, para a função de assistente de produto. Em 2008, fui convidado para integrar os quadros da empresa, ficando como assistente de marketing. Em criança dizia que queria ser jogador de futebol ou forcado. Vivo na Chamusca e tenho o prazer de privar com quase todos os meus amigos de infância. Nunca fui forcado porque a minha mãe e o meu pai sempre me travaram a seguir esse caminho mas tenho muito orgulho dos grupos de forcados da Chamusca. O seu trabalho resulta de uma união de esforços, de uma amizade constante e, no fim, saem apenas com a satisfação de missão cumprida e de que estão todos bem, algo que devemos transpor para a nossa vida pessoal e profissional. A maior festa da Chamusca é a Semana da Ascensão. Para as famílias é uma espécie de segundo Natal, em termos de reencontros.O facto de gostar de contactar com pessoas levou-me a seguir Humanidades. A frieza dos números nunca me conquistou. A minha formação em Marketing, Publicidade e Relações Públicas trouxe-me mais-valias importantes, não só a nível profissional, como a nível pessoal. Impulsionado pelo meu pai e pela minha mãe, ir trabalhar logo quando comecei a estudar, permitiu-me ganhar valências a nível do contacto pessoal. Não concebia, a nível profissional, fazer algo que não gostava.O W Shopping em Santarém tem a vantagem de ter vários tipos de clientes. Gosto de perceber as tendências actuais, a projecção que temos que ter para o futuro, de perceber grupos, de perceber nichos de mercado e de perceber as pessoas em si. O Marketing ensina-nos para quem devemos falar e como é que o devemos fazer e, sobretudo, como é que devemos estar posicionados, como marca, perante os olhos de quem nos visita. Ter que lidar com pessoas diariamente, quer os clientes, os lojistas ou as equipas que estão cá presentes, é desafiante porque, para cada um, temos que adequar o discurso.O que faz as empresas são as pessoas que nelas trabalham. Como comecei por baixo, hierarquicamente, percebo melhor as posições dos vários trabalhadores. As pessoas têm que sentir que tenho sempre a porta aberta para as ouvir. As pessoas não são robôs. Por outro lado, tenho tido imensa sorte com as equipas com quem trabalhei, quer a nível de chefias, quer a nível dos elementos que integravam essas equipas. Apesar do objectivo final passar por ter um bom produto, a dimensão humana nunca pode ser esquecida.Sempre tive o desejo de voltar para a minha terra. Em Lisboa, onde conheci pessoas fantásticas, faltou-me sempre o cheiro a campo. Ir na rua e não haver trato entre as pessoas sempre me fez confusão. Prezo muito o descanso e a qualidade de vida que, numa grande cidade, é difícil alcançar. Aqui na região é mais fácil equilibrar o lado profissional com o pessoal. É raro o fim de semana em que não haja uma actividade cultural na Chamusca.Gostava de um dia poder contribuir com algo, em concreto, para o desenvolvimento da minha terra. Dificilmente aceitaria um cargo político. Nunca digo nunca mas, em política, só me veria a trabalhar localmente e como independente, sem a cor de um cartão a ditar o que fizesse. Adoro cozinhar e acho que é algo que faço bem. Ao fim-de-semana desligo do trabalho, embora esteja sempre contactável, e gosto de pôr o cinema em dia. Vejo sempre em casa, no cantinho que idealizei. Joguei basquetebol na Chamusca até aos meus 14 anos e no futebol passei por todos os escalões, desde infantil a sénior. Gosto de ver as novas gerações a pegar nas tradições da Chamusca. Gosto das pessoas e do cheiro da minha terra. A única certeza que tenho da vida é que sou do Benfica, e da Chamusca, até morrer.Elsa Ribeiro Gonçalves
“Para as famílias da Chamusca a Semana da Ascensão é uma espécie de segundo Natal”

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