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Autarcas da Lezíria dizem que não devem solidariedade a colegas que fizeram má gestão

Os presidentes das câmaras de Benavente e de Almeirim contestam a obrigação imposta pelo Governo de contribuírem para o Fundo de Apoio Municipal, destinado a ajudar as câmaras que estão com dificuldades financeiras. O autarca de Benavente, Carlos Coutinho (CDU),diz que não é justo estar a contribuir para quem “durante anos praticou uma gestão danosa”. O de Almeirim, Pedro Ribeiro, diz que se o Estado tem dinheiro para ajudar a banca também tem de ter dinheiro para as autarquias em dificuldades, para que as que fizeram boa gestão não estejam a ser penalizadas. Ambos dizem que a solidariedade entre municípios tem limites. Carlos Coutinho lamenta que tenham de ser as autarquias, já em dificuldades, a subscrever a maioria do capital do fundo, que ronda os 650 milhões de euros. “A intenção do Governo é que as autarquias subscrevam 70 por cento do fundo e o Governo apenas 30 por cento. Se as autarquias já estão numa situação complicada impor isto é incompreensível, tanto mais quando houve tanto dinheiro para resgatar os bancos em situações que não têm nada a ver com a situação que as autarquias vivem”, nota.No caso da Câmara de Almeirim no mínimo vai ter de disponibilizar para o fundo cerca de 155 mil euros por ano durante seis anos. Dinheiro que podia ser utilizado em obras em prol da população. “Não podemos ser tratados de igual forma. Quem tem gerido bem as autarquias é penalizado e a administração central tem culpa da situação financeira das autarquias em dificuldades porque não regulou o seu funcionamento”, sublinha Pedro Ribeiro, acrescentando que desta forma está-se a retirar dinheiro que devia ser injectado na economia local numa altura de crise.Coutinho refere que o seu município tem feito “um esforço muito grande” de rigor orçamental nos últimos anos e não considera justo que todos os municípios tenham de subscrever o novo fundo. “Não digo que houve câmaras que se portaram mal mas a conjuntura é esta e levou a esta situação. Mas se houver alguma situação resultado de uma gestão danosa ou de alguma situação menos correcta então aí não deve haver a solidariedade por parte das autarquias”, critica.

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