Os amantes do futebol que até 2010 praticavam desporto no ringue da Quinta da Silvã, em Torres Novas, não vão ter que continuar a esperar muito mais para poderem voltar a utilizar o campo de jogos, que se encontra sem balizas e fechado há quatro anos por vandalização do recinto. O presidente da Câmara de Torres Novas garante que o processo para reparação do recinto “já está em fase de adjudicação e as obras avançarão ainda em Agosto”. No entanto, Pedro Ferreira lembra que para já não será feito “um investimento de fundo que inclui a remodelação do piso”, pois nesta primeira fase a preocupação passa por “reabrir o campo nas condições anteriores”, realça.O presidente da junta da União de Freguesias de Lapas, Ribeira Branca e São Pedro, Júlio Clérigo, mostra-se também disponível para colaborar com o município: “Estamos a tratar do assunto e, apesar de ser um assunto da competência exclusiva da câmara municipal, propomo-nos a contribuir na medida do possível”, adianta.Júlio Clérigo mostra-se preocupado com o arrastar da situação. “Temos que colmatar esta lacuna para proporcionar esta mais valia aos jovens que depois não têm para onde ir”, diz, reforçando que a questão da segurança também o deixa em alerta: “Tenho medo que algum desastre aconteça, tendo em conta a situação em que o espaço se encontra, com ferros dobrados, painéis partidos, etc...”.Apesar de mostrar determinação para repor e corrigir o que não permite actualmente a utilização do ringue para a prática desportiva, Júlio Clérigo diz que ainda não há um plano de vigilância para que o recinto não seja novamente vandalizado: “Temos que equacionar uma solução mas neste momento não há nada em concreto. Esperemos que as pessoas, depois de tanto tempo sem o campo, tenham alguma consciência. Sei que é um risco que vamos correr mas queremos repor tudo”, esclarece.Fábio Reis, residente perto do campo de jogos da Silvã, é um dos jovens que sempre praticou desporto no recinto e mostra o seu desagrado com o abandono a que o ringue foi sujeito. “Na minha opinião, o campo da Silvã faz muita falta, não só a mim mas a muita gente que costumava frequentar o ringue”, refere. O jovem destaca ainda que este encerramento prolongado é uma perda para a cidade. “Perdeu-se alguma dinâmica no lazer em Torres Novas porque as pessoas têm que procurar campos noutras localidades”, afirma frisando ainda que “em tempo de férias escolares os miúdos daquela zona não têm onde se divertir e acabam por ficar em casa”.