Desagrada-me a forma como os problemas são tratados porque nunca gostei de “peixeiradas”. Gosto de dizer o que penso mas nem sempre é possível porque as maiorias eleitas raramente aceitam as opiniões das oposições quando estas não vão ao encontro das suas posições políticas. Vejo isto não só em Alpiarça mas em todos os órgãos do nosso país, nomeadamente na casa da democracia, a Assembleia da República. Todos querem ter razão e os insultos ultrapassam todas as regras dum estado que se quer democrático, com opiniões diferentes mas sem ofensas e gritarias. Nem sempre isso acontece  mas seria bom para todos que os assuntos pudessem ser resolvidos com serenidade. Espero que o bom senso prevaleça e que todos os intervenientes possam começar a falar num tom que não fira os ouvidos de quem ouve. As agressões verbais só desprestigiam quem as profere. Na política não vale tudo e tentar calar alguém é a melhor forma de fazer guerra. Por mim falo porque gosto de paz e, por vezes, também sou forçada a entrar na guerra. É tempo de parar para pensar e tentar não fazer o que não gostamos que nos façam. Maria Gabriela Pinhão Coutinho