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Euterpe Alhandrense vai gerir equipamentos desportivos da Cimpor durante cinco anos

Euterpe Alhandrense vai gerir equipamentos desportivos da Cimpor durante cinco anos

Alhandra Sporting Club esteve interessado mas desistiu por não concordar com o concurso. “A Cimpor é dona dos equipamentos mas precisa de quem lhe faça as obras. Este clube não é construtor civil mas sim um instrumento de fazer campeões”, escreveu o seu dirigente Rui Macieira.

Está quebrado o impasse: a Sociedade Euterpe Alhandrense vai gerir os equipamentos desportivos da Cimpor, em Alhandra, incluindo as piscinas e o ginásio, por um período de cinco anos. A confirmação foi dada a O MIRANTE pelo presidente da colectividade, Jorge Zacarias. O dirigente ainda irá reunir-se com a empresa para acertar os pormenores do protocolo de cedência dos equipamentos, que será assinado entre as duas entidades em breve. A empresa de cimentos lançou um concurso para que as duas associações interessadas em ficar com a exploração do espaço pudessem apresentar a sua candidatura, mas o Alhandra Sporting Club (ASC) desistiu da corrida por não concordar com os moldes em que a empresa queria ceder os equipamentos e a Euterpe aproveitou a oportunidade.Em carta enviada à Cimpor, a que O MIRANTE teve acesso, o presidente do ASC, Rui Macieira, considera que a cimenteira “não está a ceder mas a arrendar” as instalações, por um valor que considera “bastante alto”. O presidente do ASC considerou também que é “insultante” a imposição de uma comissão que vai averiguar se o equipamento será bem tratado. “A Cimpor é dona dos equipamentos mas precisa de quem lhe faça as obras. Este clube não é construtor civil mas sim um instrumento de fazer campeões”, escreveu Rui Macieira. Os dirigentes do ASC notaram que o polidesportivo ao ar livre e o court de ténis careciam de obras e que o clube não tem disponibilidade financeira para realizar esses trabalhos.Este foi um processo que gerou um clima de mal-estar entre as duas principais colectividades da vila de Alhandra, tendo obrigado o presidente da Câmara de Vila Franca de Xira, Alberto Mesquita (PS), a reunir-se com ambas para tentar encontrar uma forma de consenso, que nunca foi possível. O autarca chegou a considerar que todo o processo foi “uma trapalhada” e que o caso poderia ter sido tratado de forma “mais transparente” e sem gerar “suspeitas” de favorecimento. O presidente da Euterpe, Jorge Zacarias, recorde-se, é também funcionário do município.O caso começou quando a Cimpor terá contactado a Euterpe para esta analisar o interesse em ficar com os equipamentos da empresa. O Alhandra Sporting Club sentiu-se excluído do processo e exigiu uma reunião com a Cimpor para reclamar o interesse pelos recintos. O clube alegou a sua tradição desportiva na vila e a empresa decidiu que atribuiria os equipamentos mediante concurso.A O MIRANTE, Alberto Mesquita já tinha dito que a distribuição das instalações devia “ser feita de acordo com a vocação e a prática de cada uma das instituições”, defendendo que isso é que seria lógico. “Não faz sentido quem nunca teve piscinas ir agora gerir piscinas”, defendeu. A Euterpe, que nunca geriu piscinas, terá agora de aprender a fazê-lo.
Euterpe Alhandrense vai gerir equipamentos desportivos da Cimpor durante cinco anos

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