“Quando há sete anos decidimos avançar com a constituição de uma direcção para o Grupo Desportivo quisemos tomar conhecimento da situação em que se encontrava. As coisas não estavam bem e a prioridade foi colocar as contas em ordem e catalogar o espólio do clube. Essa situação está devidamente controlada”, afirmou o presidente da direcção Rui Guedelha.O Grupo Desportivo do Pinheiro Grande tem sob a sua gestão uma vasta área com campo de futebol com balneários, polidesportivo descoberto, bar, recinto de festas com cozinha e espaço coberto para eventos. Construiram recentemente um espaço que serve de sede para a direcção. “Temos tudo isto a nosso cargo e tentamos que tudo esteja em boas condições quando da sua utilização por toda a população”, garante Rui Guedelha.O Clube Desportivo do Pinheiro Grande está a comemorar 40 anos de vida. “Já existia há mais tempo mas apenas como grupo informal. Só em 1974 é que foram criados os estatutos e feito o seu registo oficial. Nesses termos temos levado a efeito algumas pequenas acções que para além de visarem a comemoração do aniversário servem também para angariar fundos para a sua gestão”.É aliás na área financeira que existem as maiores dificuldades. “Temos uma grande área para gerir. Pagamos água e luz de todas as infraestruturas. É sempre uma conta grande ao final do mês. Contamos com um pequeno apoio anual da Câmara Municipal da Chamusca e a receita do bar. Também as outras instituições do Pinheiro Grande ou pessoas particulares que, cada vez mais utilizam o espaço de festas, ajudam com uma pequena verba que ajuda a pagar a água e a luz. Posso dizer que neste momento a situação financeira está controlada”, referiu Rui Guedelha.No que diz respeito à área desportiva o Grupo Desportivo do Pinheiro Grande não tem capacidade para grandes apostas. “Tivemos actividade regular durante alguns anos no futebol do Inatel. Isso hoje não é possível, não conseguimos jogadores nem verbas para sustentar uma equipa nesses campeonatos. Por isso vamos avançando com a participação em torneios e outras actividades pontuais”, garante o presidente.O Inatel era até há poucos anos o futebol das pequenas aldeias. Agora já não é assim, as despesas são muito elevadas. “Não temos a mínima hipótese de avançar para essa competição porque isso custa alguns milhares de euros por época. Não é viável para nós nem para muitas outras localidades. No concelho da Chamusca chegaram a seis ou sete equipas a competir, hoje não há nenhuma. Temos duzentos sócios inscritos, mas menos de metade é que tem a cotas em dia e só pagam cinco euros por ano”, referiu Rui Guedelha.Contudo o presidente garante que o clube nunca descurou a área desportiva e tem vindo a participar em alguns torneios de futsal. “Ainda recentemente vencemos o Torneio de Futsal da Carregueira. Na Chamusca participámos no torneio das freguesias e dignificámos a camisola da aldeia”.“Penso também que temos uma boa cota parte na área social. Todos os dias colocamos à disposição de pessoas idosas jogos de cartas e damas, na sede social que está aberta durante todo o dia e sete dias por semana. Todos os dias temos no espaço uma dúzia de pessoas idosas entretidas a jogar. As famílias sabem assim onde estão e que estão acompanhadas”, referiu o presidente.“A nossa grande acção anual é sem dúvida a presença durante um mês inteiro nas Verbenas de Verão do Pinheiro Grande. Um evento que para além da angariação de verbas para o clube é um grande encontro de todas as associações do Pinheiro Grande, criando assim uma actividade intimista que junta toda a gente da terra”, disse Rui Guedelha.