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Quando a arte serve para integrar

Quando a arte serve para integrar

As pinturas de António Caiadas, 43 anos, deixaram por alguns dias de estar escondidas nas gavetas da sua casa, no Entroncamento, para serem apreciadas pelo público que opte por prescindir de alguns minutos da sua rotina diária para visitar a exposição “IntegrARTE”, uma mostra colectiva de trabalhos concebidos por pessoas portadoras de doenças de foro psiquiátrico, patente até dia 24 de Outubro no Centro de Arte e Imagem do Instituto Politécnico de Tomar. O utente do ambulatório do Centro Hospitalar do Médio Tejo confessa que os desenhos que ali estão não obedecem a temas nem tampouco estão submetidos a qualquer esquadria, sendo apenas alguns dos muitos que pintou ao longo da sua vida para que o tempo deixasse de ser apenas tempo. Sem eleger um em particular conta que são todos fruto da sua imaginação e garante que se sente muito feliz com o “escape” que, em certo momento, encontrou nas curvas da vida. “É gratificante ver agora os meus trabalhos expostos ao público e ouvir elogios de quem os vê e sente como seus”, afirma. Após a inauguração da mostra, a 10 de Outubro, no Dia Mundial da Saúde Mental, as enfermeiras Rute e Vera fizeram questão de posar a seu lado. A iniciativa realiza-se pelo segundo ano consecutivo com o intuito de mostrar que os artistas mais autênticos são os que pintam ou escrevem em via directa com o coração. Sem precisarem de cortar um pedaço de uma orelha como fez Vicent Van Gogh. Elsa Ribeiro Gonçalves
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