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Mário Luís Jorge

Mário Luís Jorge

47 anos, empresário, Alverca

“Já pratiquei muito desporto no passado mas hoje em dia já não, também por causa da falta de disponibilidade, pois trabalho todos os dias. Para já o único desporto que faço é andar aqui de um lado para o outro, já ajuda bastante a queimar calorias”* * *“Se me desafiassem para alinhar na política dizia que não. Se o primeiro-ministro Passos Coelho entrasse aqui não lhe oferecia o café mas aproveitava para lhe dizer uma ou duas coisas, uma delas para que governasse melhor e não carregasse tanto na classe média, que está sobrecarregada com impostos”

A variante de Alverca já devia ter sido criada?Sem dúvida, é uma necessidade muito importante da cidade, sobretudo para não passarem tantos camiões dentro de Alverca e na estrada nacional. O meu pai faleceu atropelado nessa estrada, na passadeira em frente aos bombeiros, há cerca de oito anos. O meu pai passou quando o semáforo para os peões estava verde mas houve um camião que não parou no sinal vermelho. Foi atropelado juntamente com a minha avó. Ela escapou mas ele acabaria por morrer depois de estar um mês em coma. É uma pena que a variante não tenha passado de uma promessa.O robotário de 50 mil euros foi um bom investimento?Não sei, penso que não. A cidade não precisava daquilo e hoje em dia está às moscas, não vejo movimento ali. Mais valia terem gasto o dinheiro na resolução de outros problemas, como a limpeza das ruas. Há muita coisa para fazer em Alverca. Já merecíamos ser a sede de concelho, temos mais população que Vila Franca de Xira. O maior problema de Alverca é ser uma cidade que está muito envelhecida. A juventude saiu em busca de novas oportunidades. Devia haver mais incentivos para a juventude ficar. Se calhar tem a ver com a falta de trabalho, fecharam muitas empresas aqui à volta.Tinha estofo para político?Não, de forma alguma. Se me desafiassem para alinhar nisso dizia que não. Se o primeiro-ministro Passos Coelho entrasse aqui não lhe oferecia o café mas aproveitava para lhe dizer uma ou duas coisas, uma delas para que governasse melhor e não carregasse tanto na classe média, que está sobrecarregada com impostos. No meu dia-a-dia tenho meses melhores e piores, mas ainda vai dando para a despesa. A restauração é uma vida dura e é só para quem gosta, não temos sábados, domingos nem feriados, trabalhamos de manhã à noite.O que é mais importante numa mulher: o corpo ou a personalidade?(Risos) Um pouco de tudo, mas a personalidade é muito importante também. E que seja bonita. Em casa não luto com a minha mulher por causa do telecomando, apesar de haver apenas uma televisão. Há espaço para os dois.O melhor Natal é na praia?Depende, mas aqui não vamos ter um Natal na praia, de certeza, por causa do mau tempo. O São Pedro não vai deixar. Em Alverca o Museu do Ar está fechado praticamente todos os dias. Isso é mau?Bastante. Era uma estrutura importante para a cidade e que trazia sempre muita gente. Devíamos ter aquilo aberto. Infelizmente deixámos fugir tudo para Sintra e agora não temos praticamente nada. Desporto é no ginásio ou no sofá a ver a bola?É a trabalhar (risos). Já pratiquei muito desporto no passado mas hoje em dia já não, também por causa da falta de disponibilidade, pois trabalho todos os dias. Para já o único desporto que faço é andar aqui de um lado para o outro, já ajuda bastante a queimar calorias.Numa bifana, mostarda ou maionese?Mostarda, claro. Sou um homem que gosta do petisco. Dos pipis, saladinha de orelha, bifanas, pica-pau, essas coisas. Cozinho pouco mas a minha esposa cozinha muito bem. Sempre que posso gosto de provar um petisco.O aumento dos impostos sobre o álcool vai dar cabo do negócio?Dar cabo não sei, mas vai encarecer as bebidas e as pessoas vão deixar de procurar. Vão passar a ir às bebidas mais baratas. Esta medida pode também ter o sentido inverso e levar a que haja cada vez menos consumo. O centro de estágios do FC Alverca faz mesmo falta?Penso que sim, era importante para a cidade, para atrair malta nova e novos atletas para a formação. E para o estacionamento na zona também. Gostava muito que se fizesse o centro de estágio. Mas as coisas estão tão complicadas que não sei se vão conseguir.Numa ilha deserta qual era a primeira coisa que fazia?Assim de repente acho que não fazia nada (risos). Descansava. Gosto de viajar e ainda gostava de conhecer outros países, como a Austrália ou a cidade de Nova Iorque.
Mário Luís Jorge

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