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O falhanço da Formação Profissional

Este negócio da formação foi um excelente golpe para apanhar fundos comunitários. Não interessa se os formandos aprendem alguma coisa nos cursos porque o importante é manter as pessoas ocupadas e sem que essas contem para as estatísticas do desemprego em Portugal. Penso que este tipo de ensino desvalorizará no futuro as entidades de carácter sério cujo objectivo é ensinar e formar profissionais com qualidade que é coisa que não se encontra nessas entidades de formação onde a falta de qualidade começa logo pelos formadores. O que será das empresas formativas de qualidade no nosso país quando não houver mais subsídios da União Europeia? Será que alguém vai pagar para ter uma formação quando há pessoas cheias de canudos no desemprego? Já imaginaram a desvalorização que sofreram os verdadeiros profissionais que investiram dos seus bolsos para conseguirem ter um curso numa empresa formativa credível enquanto outros receberam os seus canudos sem aprenderem rigorosamente nada? O Instituto de Emprego e Formação Profissional não tem conseguido empregos para os desempregados nem mesmo estágios que realmente tenham relação com os cursos que foram dados pelos formadores. Em vez disso o IEFP dá os desempregados às empresas de trabalho temporário para fazer que os utilizam para ganhar dinheiro. É triste ter tantos doutores numa instituição sem se ralarem com a segurança dos seus desempregados e formandos.José Bravo Já tirei vários cursos pelo IEFP e em alguns nada aprendi apesar de ter recebido o diploma à mesma. Tenho uma amiga que tirou uns 10 diplomas desta forma só para beneficiar dos subsídios de refeição e transporte. Foi excelente porque acabou por arranjar um rendimento extra. Numa das minhas formações cheguei a assistir a brigas e ao abandono de formandos que foram lá para aprenderem e aborreceram-se porque os formadores só sabiam fumar e tomar café. O que eu quero dizer com isso é que os diplomas das formações das empresas particulares e do IEFP nada valem porque não há cão ou gato que não tenha um. Isto das formações é um bom negócio para o Governo que diminui assim o número de desempregados nas estatísticas, dando ideia que as coisas estão a melhorar. Tirei dois cursos financiados pela União Europeia e depois fui estagiar nas empresas a fazer limpezas e a lavar chão, pois não havia instrumentos tecnológicos que eu pudesse usar. No final do estágio recebi um excelente. Francisco Lopes

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