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A paixão pela escrita voltou a dar frutos

A paixão pela escrita voltou a dar frutos

Eugénia Edviges é uma figura emblemática da vida cultural do concelho de Benavente. Nascida e criada por aquelas terras, tem vivido de e para o enriquecimento da cultura local. Após ter publicado vários livros infantis, lançou agora um outro, mas desta vez para adultos, intitulado “Alma Penada e outros contos”.

Mãe, esposa, escritora, poetisa, actriz de teatro, encenadora, animadora cultural, contadora de histórias, aluna e mestre, pode dizer-se que Eugénia Edviges é uma mulher dos sete ofícios. Foi funcionária da Câmara Municipal de Benavente durante mais de três décadas, está reformada há quatro anos, mas sabe bem como ocupar o seu tempo, agora com 62 anos de idade. “Sempre participei na vida cultural do concelho porque a câmara sempre me deu essa facilidade. Pediam-me para participar nas actividades enquanto animadora, principalmente junto dos mais pequenos”, explica Eugénia Edviges, em entrevista a O MIRANTE. Recentemente, decidiu que era altura de escrever um livro também para adultos e assim foi. Com o título “Alma Penada e outros contos” foi apresentado ao público no dia 4 de Dezembro.Uma das suas grandes paixões são as crianças e, talvez por isso, tem já vários livros editados com contos para os mais pequenos. Não perde a oportunidade de passar o máximo de tempo possível entre eles e, sempre que pode, percorre as escolas do concelho a contar histórias e a fazer jogos de leitura com os miúdos. “As crianças ficam muito empolgadas com estas acções e algumas delas, pelo que vejo e percebo, despertam assim o seu gosto pela leitura”, frisou.A inspiração para a escrita vai buscá-la às suas memórias e vivências de quando era criança e jovem. Enquanto trabalhava fazia parte também do grupo de teatro amador Sobre Tábuas, onde participou como actriz e escreveu algumas peças infantis, tendo a última sido apresentada em Abril deste ano, dedicada ao 25 de Abril. “Quando os meus filhos eram crianças já fazia teatro com eles e adorava criar histórias, personagens, cenários e guarda-roupa”, afirmou a autora.Por outro lado, tenta dar um pouco de si igualmente aos idosos da comunidade, indo de lar em lar a contar e ler histórias para aqueles que também têm muito para contar. Actualmente, é ainda aluna da Universidade Sénior de Benavente e no Verão passado fundou aí o clube de leitura e um grupo de jograis, onde é declamada poesia. Uma maneira útil dos idosos poderem passar o tempo fora das aulas. Olhando para a frente, diz que “talvez para o ano” possa vir a lançar o seu primeiro livro de poesia, dado que já são muitos os versos que tem escritos no papel. Como parar é morrer, Eugénia Edviges é a prova viva de como se pode ocupar o tempo, mesmo depois de passada a fase da carreira profissional, em prol da comunidade e do crescimento cultural da região em que se está inserido. Os seus livros estão disponíveis nas livrarias do concelho de Benavente e ainda nas bibliotecas existentes nas várias freguesias.“Alma Penada e outros contos” Repletos de personagens de uma comunidade ainda presente nos dias de hoje, os contos de Eugénia Edviges falam da vivência do povo de Benavente, do seu modo de estar e sentir, dos seus medos e das suas crenças, do seu linguajar tão característico da gente da beira-rio.Além dos doze contos que integram esta obra, a autora criou novas versões para duas lendas da sua terra. São elas a Lenda das Bicas ou da Fonte da Bica da Casa e a Lenda de S. Baco, o Mártir.O prefácio do livro é da autoria de Domingos Lobo, animador cultural da Câmara Municipal de Benavente, romancista e dramaturgo.
A paixão pela escrita voltou a dar frutos

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