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Uma vida dedicada à banda de Alhandra

Dedica parte da sua vida, há mais de 65 anos, à Banda Filarmónica da Sociedade Euterpe Alhandrense, onde ingressou com apenas 12 anos de idade. É mesmo o músico mais antigo em funções e ainda acumula com o cargo de arquivista da banda de Alhandra. Nunca pensou, por um dia, deixar de tocar. E garante que o vai fazer até que os pulmões lhe doam. “Aos 77 anos ainda me sinto com alguma juventude e força para continuar a actuar”, garante Gutenberg da Silva Ralha, nome que deve ao seu padrinho que gostava dos que tinham feito história. A sua vida de trabalho começou muito cedo, aos 11 anos, no antigo estaleiro naval de Alhandra, a construir barcos para a pesca da sardinha, com destino a Angola. Passou, ainda em jovem, pela cooperativa que dava apoio ao pessoal da Fábrica de Cimento Tejo, actual Cimpor, de onde saiu para cumprir o serviço militar. Voltou à Cimento Tejo, pela mão do primeiro presidente da Euterpe Alhandrense, e foi aí que começou a tirar cursos profissionais nocturnos. Como achou que poderia ir mais além, decidiu fazer a admissão ao Instituto Superior de Engenharia, em Lisboa. Estava-se em 1951, já casado e pai de três crianças, duas das quais gémeas. No entanto, a paixão pela música e pelo clarinete falaram sempre mais alto e nunca descurou a banda, apesar de todas a dificuldades da vida. Recorda com muito carinho o facto de ter chegado a dar aulas de música na sociedade, ter participado na primeira orquestra típica e na orquestra ligeira, ambas já extintas da Euterpe. Sílvia Guimarães

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