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Comunidade do Médio Tejo quer mais investimentos da Estradas de Portugal na região

Autarcas reuniram-se para analisar os planos da empresa pública que gere a rede viária nacional e chegaram à conclusão que faltam lá muitas obras necessárias para melhorar a mobilidade no Médio Tejo.

A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMT) manifestou a sua “apreensão e preocupação pelo carácter muito limitado” das intervenções previstas entre 2015 e 2019 para a região, anunciadas pela empresa Estradas de Portugal. Em declarações à agência Lusa, após a CIMT ter analisado o Plano de Investimentos 2015-2020 e o Plano de Proximidade a Médio Prazo 2015-2019 da Estradas de Portugal, o secretário executivo daquela entidade, com sede em Tomar, disse que os documentos manifestam um conjunto de “omissões muito relevantes relativamente a investimentos essenciais para a melhoria da mobilidade” no Médio Tejo, espaço territorial que agrega 13 municípios do distrito de Santarém e de Castelo Branco.Entre outros, Miguel Pombeiro destacou a “ausência de uma estratégia” relativamente às passagens rodoviárias entre as duas margens do rio Tejo, “ao arrepio do Plano Rodoviário Nacional” (PRN), e sublinhou o “carácter vago e impreciso” da referência à Ponte Praia do Ribatejo - Constância Sul, onde apenas viaturas ligeiras podem circular.“O plano apresentado não resolve os problemas das acessibilidades na região e omite outros por completo, como seja a nova travessia sobre o Tejo, de ligação de Abrantes a Ponte de Sor, no âmbito do IC9, e inscrita há vários em PRN”, notou.Por outro lado, acrescentou, “surge no plano uma verba de 5 milhões de euros para a ponte da Praia, que liga Constância Sul à Praia do Ribatejo, em Vila Nova da Barquinha, mas não se explica onde e como vão ser investidos. Desconhecemos quais as obras que se prevêem executar, se é para alargamento ou reforço para abertura a pesados, enfim, não se percebe a intenção”, destacou aquele responsável.O secretário executivo da CIMT lembrou ainda a importância para o desenvolvimento económico da intervenção da ER 243, que estabelece a ligação da A23 ao Terminal Multimodal de Riachos, tendo considerado “bastante prejudicial” o “arrastamento da actual situação até 2018”, altura em que o documento prevê a intervenção.“É também com preocupação que se vê adiar para 2017 a conclusão da requalificação da EN 361 (troço Amiais de Cima - Alcanena), previsto inicialmente para 2015, e estranhamos não haver qualquer referência à requalificação da Estrada Nacional 238, que liga o concelho da Sertã ao eixo Tomar-Lisboa-Litoral”, acrescentou.“É manifesta a nossa preocupação com os baixíssimos valores de investimento previstos”, notou, tendo reiterado que o Plano “ignora diversas intervenções há muito identificadas e que contribuiriam decisivamente para o adequado desenvolvimento regional, assim como para promover a salvaguarda da coesão territorial”.Com uma população na ordem dos 250 mil habitantes, a CIMT é composta pelos municípios de Abrantes, Alcanena, Constância, Entroncamento, Ferreira do Zêzere, Mação, Ourém, Sardoal, Sertã, Tomar, Torres Novas, Vila de Rei e Vila Nova da Barquinha.

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