“Com esta exposição queremos revelar-vos um pouco do passado e do presente desta casa e desta obra”. Foram estas as palavras que a presidente da direcção da Fundação Luiza Andaluz, Irmã Luísa Maurício, dirigiu às mais de quatro dezenas de pessoas presentes na inauguração da exposição comemorativa do 90º aniversário da Fundação, na tarde de 16 de Janeiro, no centro comercial W Shopping, em Santarém.“O tempo passa, a obra permanece” é o mote desta exposição, patente no primeiro piso do centro comercial, que apresenta 90 anos de memórias em fotografias e pequenos objectos como terços ou chuchas e reserva aos visitantes um livro onde podem deixar uma pequena mensagem.Numa tarde abrilhantada pela actuação do coro juvenil do Círculo Cultural Scalabitano, muitos dos presentes recordaram com saudade a Madre Luiza Andaluz, uma escalabitana abastada que começou por acolher dezenas de meninas na sua própria casa na altura da gripe pneumónica e pela sua mão fez nascer esta Fundação em 1925.Para a Irmã Luísa Maurício “estes 90 anos não são um ponto de chegada, são um ponto de partida” e um marco que coloca a instituição “na linha das necessidades de hoje”. A Fundação Luiza Andaluz acolhe hoje 21 meninas entre os 8 e os 21 anos. Crianças oriundas de famílias disfuncionais que chegam à instituição por ordem do tribunal e ali encontram um lar e o afecto das irmãs e da directora técnica, Catarina Marcelino, que afirma com carinho que estas meninas são as suas “filhas do coração”.O Bispo de Santarém, D. Manuel Pelino, a vice-presidente da Câmara de Santarém, Susana Pita Soares, e o presidente da União de Freguesias de Santarém, Carlos Marçal, marcaram presença nesta actividade que marcou o arranque das comemorações do 90º aniversário da instituição.