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Santo Entrudo não poupou ninguém na Póvoa de Santa Iria

Santo Entrudo não poupou ninguém na Póvoa de Santa Iria

Cortejo saiu à rua na Quarta-Feira de Cinzas para divulgar o testamento
Na Póvoa de Santa Iria a língua viperina do Santo Entrudo varreu a cidade de ponta a ponta e poucos escaparam ao juízo crítico do viril defunto, que foi transportado em ombros pelos respectivos acólitos para deleite do povo que saiu à rua para ouvir o testamento. Comerciantes, autarcas, partidos, associações e outras entidades levaram que contar e aqui ficam alguns dos versos de fino recorte com destinatário devidamente identificado.Esta Junta de FreguesiaAgora tem nova sorteEra da Póvoa de Santa IriaAgora é da Póvoa ForteBom rapaz este JorginhoMas sem motivo pra sorrirÉ preciso mais dinheirinhoPara esta Junta gerirO Santo Entrudo tem milhõesE tem vontade de cagarDeixa-te enormes cagalhõesE muita merda pra ajudarPara aumentarem os lucrosAnunciam sem rodeiosCoisas do arco da velhaE ainda lhe chamam CorreiosO Santo Entrudo com saudadesDe comprar selos e postaisDeixa encomendas de merdaPorque não pode deixar maisO Manel ajuda o RoqueNesta tasquinha dos pombosCom peixe frito e um copitoOs clientes saem aos tombosPor isso é que o CarnavalQue era amigo do tintolDeixou merda, muita merdaE manda-os apanhar solOs taxistas desta praçaAndam de boca caladaO gasóleo está mais baratoMas não descem a bandeiradaO Entrudo é passageiroE de táxi quer andarMas como não tem dinheiroManda-vos a todos cagarNinguém nega que no PCHá cabeças bem pensantesCompram terreno p´ra FestaCom dinheiro dos militantesO Santo Entrudo ao morrerDe injustiças já cansadoDeixa a todos os militantesUm cagalhão bem cagadoOs militantes do PSObedecem ao comandoEsperam eleger o CostaSem cantar alentejanoO Santo Entrudo temendoQue sofram desilusõesDeixa uma carrada de merdaE uma mão cheia de cagalhõesSe os comerciantes da PóvoaNão gostaram, temos penaO Carnaval volta pró anoE repete a mesma cenaQuem acompanhou o cortejoDeu umas boas gargalhadasAs viúvas muito choraramPor não serem consoladasO padre não pode ser esquecidoSem ele não há procissãoVeste a batina com gostoE discursa com devoçãoMuito obrigado ao EntrudoPor manter a tradiçãoE para todos aqui ficaMuita merda e cagalhão
Santo Entrudo não poupou ninguém na Póvoa de Santa Iria

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