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Do laranjal do Convento de Cristo para os claustros do monumento

Iguarias à venda na III edição da Feira da Laranja Conventual são feitas a partir de frutos colhidos das árvores que se encontram no interior do Património da Humanidade.

Cerca de três mil pessoas visitaram a 3.ª edição da Feira da Laranja Conventual que deu um colorido diferente aos claustros do Convento de Cristo, em Tomar, no domingo, 22 de Março. O que muitos não saberão é que as mais variadas propostas gastronómicas à base da laranja foram feitas com laranjas apanhadas do laranjal que existe no interior do monumento, classificado como Património da Humanidade. A directora do Convento de Cristo, Andreia Galvão, mostra-se satisfeita com o sucesso em crescendo do evento e já anunciou novidades: na quarta edição vão abrir a categoria salgados (feitos a partir de laranja) e será premiado o stand mais bem decorado.O laranjal ocupa cerca de um hectare de terreno, não chegando a ter uma centena de árvores. Fica localizado na parte que, outrora, foi ocupada pela primeira população de Tomar, à esquerda de quem entra no monumento e tem a charola de frente. São os funcionários do convento que tratam do laranjal ao longo do ano. As laranjeiras não recebem quaisquer produtos químicos ou fertilizantes, merecendo apenas a poda normalmente associada a estas árvores. As terras são fresadas e não se conhecem pragas. São os funcionários que apanham, periodicamente, as laranjas que são entregues a diversas instituições de solidariedade social ou, com mais intensidade, nas semanas anteriores à realização da Feira da Laranja Conventual aos participantes do certame. Laranja da baía, tangerinas, marroquinas e até laranjas de jardim.Pensa-se que o Laranjal do Convento de Cristo terá tido origem no século XVII, por ali terem vivido frades que teriam, certamente, junto ao convento um local para cultivo de árvores de fruto (aproveitando a água que vinha do aqueduto dos Pegões) mas O MIRANTE apurou que a plantação actual foi feita entre 1940 e 1950, pelas Brigadas Agrícolas de Sintra, as mesmas que plantaram a Mata Nacional dos Sete Montes, paredes meias com o monumento. Poucos anos depois de ser plantado, o laranjal sofreu um abandono. Na década de 80, por exemplo, encontrava-se coberto de silvas e outras árvores infestantes mais altas e o que, outrora, tinha sido sebes de alinhamento eram barreiras. A partir do momento em que o monumento passou a ser visitável, nos anos 80, o laranjal foi uma das prioridades a recuperar. Foi a partir daí que a tradição voltou a ser o que era

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