A Câmara Municipal de Benavente aprovou na última reunião do executivo o início de um novo processo de discussão pública no âmbito do processo de revisão do Plano Directivo Municipal (PDM). Com um voto contra do vereador José Rocha, do PS, o executivo tomou esta posição devido às questões legais que envolvem o anterior período de discussão pública, nomeadamente as providências cautelares interpostas pela associação ambiental Quercus, sucessivamente indeferidas pelos tribunais, mas que agora aguardam o recurso que a mesma interpôs no Supremo Tribunal. Recorde-se que este processo de revisão, que se arrasta há 14 anos, tenta fazer face a alguns problemas do concelho, nomeadamente ao nível da necessidade de expansão de algumas unidades industriais. “O anterior PDM data de 1995, quando havia uns milhares de habitantes a menos e, logicamente, as necessidades agora são outras”, observou José da Avó, vereador eleito pelo PSD.Já José Rocha votou contra, entregando uma declaração de voto, por considerar que seria necessário um parecer jurídico por forma a acautelar os interesses do município e dos cidadãos. O presidente Carlos Coutinho (CDU) garantiu que a legalidade do processo está observada, pelo que a proposta foi aprovada por maioria. A O MIRANTE, Carlos Coutinho explicou a importância da conclusão deste processo o mais rapidamente possível. “Não nos podemos esquecer que no âmbito do Portugal 2020, nós estamos numa região diferenciadora, porque somos de objectivo 1, o que nos diferencia da região de Lisboa. Há empresas que se querem instalar no concelho para aproveitar estes fundos e temos de ser capazes de captar esta oportunidade, porque é um forte instrumento de combate ao desemprego e outros flagelos sociais”, argumentou.