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Plano de acção para o centro histórico de Santarém criticado pela oposição

Plano de acção para o centro histórico de Santarém criticado pela oposição

Vago, previsível e banal. É assim que é classificado pela oposição o mais recente projecto de intenções que pretende resgatar da agonia a zona antiga da cidade.

O Plano de Acção para o Centro Histórico de Santarém, cuja primeira fase foi apresentada na passada semana pela maioria PSD na câmara municipal, não convenceu a oposição, que o classificou como um documento vago e recheado de generalidades. O vereador Francisco Madeira Lopes (CDU) diz que continua a faltar um plano que defina prioridades, sublinhando que um plano não é um mero elencar de medidas e objectivos. Até porque, disse, os objectivos agora apresentados já estão traçados há muitos anos, continuando a faltar as soluções para os concretizar. “Falta de facto é o como”, declarou, referindo que o que foi apresentado “sabe a pouco”, embora admita que “pode ser uma base para a constituição de um verdadeiro plano para o centro histórico”.Ricardo Segurado (PS) afinou pela mesma bitola. “Não há uma única medida real de impacto para o centro histórico, do ponto de vista económico, financeiro ou fiscal”, disse, considerando que o documento “tem muitas generalidades” e poderá, eventualmente, ser o pontapé de saída para outro plano.A vereadora socialista Idália Serrão recorreu à ironia para pedir ao presidente da câmara, Ricardo Gonçalves (PSD), que lhe possa facultar o Plano de Acção para o Centro Histórico, pois o que foi apresentado não merece ser designado como tal. E disse que, exceptuando a referência à questão das barreiras, o plano podia servir a qualquer centro histórico do país que enferme dos mesmos problemas que o de Santarém. “Não vislumbramos qualquer estratégia para além de um conjunto de banalidades, por isso pedimos-lhe que nos faculte o dito plano pois não o recebemos”, concluiu.Ricardo Gonçalves respondeu dizendo que havia tido o cuidado de referir na apresentação que se tratava da primeira fase do plano para o centro histórico, pelo que as medidas enumeradas são apenas uma parcela do trabalho que se pretende desenvolver.O autarca afirmou, a título de exemplo, que o município está a trabalhar na regulamentação de um sistema de incentivos para reabilitação urbana e acrescentou que os problemas do centro histórico de Santarém são semelhantes aos de muitos outros do país, daí as soluções apontadas para Santarém poderem servir a outros. “Este é um caminho para ser percorrido e não nos vamos desviar dele”, garantiu Ricardo Gonçalves.Entre os objectivos que o presidente da câmara apontou como “exequíveis”, na apresentação do plano, estão a reabilitação do edificado, o reforço da imagem patrimonial da cidade, o rejuvenescimento dessa zona cada vez mais envelhecida e desertificada, a fixação de empresas ou serviços, a melhoria da mobilidade ou o apoio à dinamização do turismo religioso, cultural e patrimonial.
Plano de acção para o centro histórico de Santarém criticado pela oposição

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