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“Sou um perfeccionista assumido e um apaixonado pelo futuro”

“Sou um perfeccionista assumido e um apaixonado pelo futuro”

Rui Tarouco é empresário no ramo dos cigarros electrónicos
Gosto do apelido Tarouco porque é invulgar. Herdei-o do meu avô. Tem vantagens porque as pessoas acham piada e fixam-no. Além disso, na escola nunca tive alcunha. Era o Tarouco. Sou nascido e criado em Torres Novas, onde estudei até ao 12º ano. Nesta altura já trabalhava. Depois fui para Coimbra tirar um curso, que era completamente inovador em Portugal, de gestão de restaurantes. Assim que terminei fui convidado para ficar a trabalhar na escola onde leccionavam esse curso. Em criança dizia que queria ser veterinário. Fui influenciado por uma série de televisão sobre um veterinário que andava pelas aldeias a cuidar dos animais. Não fui veterinário mas sou apaixonado por animais. Não consigo perceber as pessoas que não gostam ou fazem mal aos animais. Sempre tive cães e agora tenho um gato, o Nico.Já acumulei várias experiências profissionais. O meu primeiro emprego, com 17 anos, foi na Pláspeças, uma fábrica de moldes de plásticos. Paguei a carta de condução com o meu próprio ordenado. Depois estive na Gráfica Almondina e, mais tarde, na DigiDelta, uma empresa de informática. Na escola de hotelaria em Coimbra estive cerca de quatro, cinco anos. Depois fui trabalhar como técnico de instalação informática para uma firma em Lisboa que informatizava hotéis e restaurantes em todo o país. Eram anos em que saíamos de um emprego e arranjávamos logo outro. Não ponho de parte a ideia de fazer um curso superior. Até ao ciclo era um aluno exemplar e, sem falsas modéstias, bastava-me o que ouvia nas aulas para conseguir bons resultados. Depois, veio a adolescência, as namoradas, foi mais complicado. Antes de ir estudar hotelaria para Coimbra, explorava um bar com mais dois amigos. A ideia do curso era aprender mais para desenvolver um projecto mas isso não aconteceu. Tenho fé, sobretudo, nas pessoas. Não tive uma educação religiosa, no sentido dos meus pais me obrigarem a ir à missa ou à catequese. Só vou à igreja em casamentos ou baptizados. Aproveito as experiências negativas para aprender com elas. Normalmente, como toda a gente, fico chateado ou triste quando as coisas correm mal mas depois interiorizo a experiência. Nunca tive receio de abraçar novos desafios ou agarrar as oportunidades que foram surgindo. Abri esta empresa em Junho de 2014, numa altura em que estava desempregado. Já estava em Torres Novas na altura porque não via futuro em Lisboa. Regressei definitivamente à minha terra natal com 33 anos. Estava pronto para começar do zero mas tinha bastante esperança. Ainda trabalhei em mais dois ou três sítios mas passadas que foram todas estas experiências cheguei à conclusão que devia era trabalhar para mim.Sou fumador há muitos anos e só tinha um conhecimento, muito superficial, do que era um cigarro electrónico. Corri farmácias, tabacarias e não havia cigarros electrónicos em lado nenhum. Pesquisei pela net, encomendei um cigarro electrónico e adorei a experiência. Pensei que mais pessoas poderiam ter esta necessidade e, da ideia à execução, foi um processo muito rápido. Não tenho balcão na minha loja. Sou uma pessoa acolhedora, gosto que as pessoas se sintam à vontade. Tenho que estar próximo das pessoas até porque explico, até à exaustão, como é que funciona um cigarro electrónico. O actual slogan da minha empresa é “Vá de Férias” porque o que as pessoas poupam, ao final do ano, no consumo de tabaco dá para irem fazer uma viagem. Já me chamaram a atenção por estar a fumar um cigarro electrónico. O que sai da boca é apenas o vapor, não é fumo. Estava numa fila no banco e aparece uma senhora a esbracejar a dizer que eu não podia fumar ali dentro. Também há muita publicidade negativa em relação ao cigarro electrónico, alimentada pelas tabaqueiras. Os cigarros electrónicos podem ter ou não ter nicotina. São constituídos por uma bateria e por um tanque onde se coloca o líquido. A minha experiência pessoal diz-me que é uma excelente forma de diminuir os cigarros ou eliminá-los de vez, com vantagens para a saúde. Estou sempre a ansiar pelo futuro. Não dá para desligar. Já tenho recebido chamadas às dez ou onze da noite de clientes com dúvidas e estou sempre disponível para os ajudar. O meu único dia de descanso semanal é o domingo. Aproveito para descansar porque esta actividade é muito absorvente. Adoro agarrar no carro e sair para conhecer um sítio novo. Passo o dia a ouvir música e gosto muito de cozinhar. Sou um perfeccionista assumido. Não gosto de ser medíocre ou de me pautar pela normalidade. Elsa Ribeiro Gonçalves
“Sou um perfeccionista assumido e um apaixonado pelo futuro”

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