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A Taverna do Areal fica junto ao local de onde saem os toiros na 5ª feira de Ascensão

A Taverna do Areal fica junto ao local de onde saem os toiros na 5ª feira de Ascensão

Polvo à lagareiro, enguias, fataça e sável também são bons pratos para aficionados

Muitos pratos de peixe num restaurante farto como são os restaurantes da Chamusca. António Maia e Ana Paula recebem de coração aberto e mesmo com a festa à porta só têm olhos para os pedidos dos clientes.

O polvo à lagareiro, o arroz de polvo, a fataça frita e o sável são as especialidades da Taverna do Areal. O restaurante fica à entrada da Chamusca, do lado do campo, junto à rotunda onde está a escultura de homenagem ao trabalhador agrícola da autoria de Armando Ferreira e bem perto do local de onde, na Quinta-feira de Ascensão saem os toiros que, escoltados por campinos e desafiados pelos populares, atravessarão a vila até à Praça de Toiros. O estabelecimento não passa despercebido a quem chega ou sai da vila pelas estradas nacionais 118 e 368-1. Por trás do toldo branco com as desvanecidas letras identificativas, está o café onde muitos clientes habituais passam as tardes ou os condutores param para beber a bica e seguir viagem. Mais adiante, está o acolhedor restaurante com lotação para 130 clientes. O espaço assemelha-se a uma tertúlia decorada com cartéis de corridas de touros, fotografias de touradas, cavaleiros e forcados. Nas paredes, saltam também à vista mantas ribatejanas e alentejanas e antigos adereços agrícolas que os trabalhadores utilizavam na lavoura dos campos plantados no coração do Ribatejo. António Maia e a esposa, Ana Paula, abriram o estabelecimento a 10 de Outubro de 1999, depois de regressarem da Suíça onde estiveram emigrados onze anos, trabalhando no sector da restauração. Agora António é o cozinheiro e a esposa faz o serviço de sala. “Há quem diga que aqui se comem as melhores enguias das redondezas”, diz António Maia em louvor da sua mestria. As sobremesas também têm fama. O doce da casa com biscoitos embebidos em licor e café, creme de leite condensado e raspa de chocolate é o que tem mais saída. O pudim de ovos, a mousse de chocolate caseira, a serradura, o manjar do abade, o bolo de bolacha e caramelo e a salada de fruta completam a oferta.Na ementa há queijo seco, azeitonas, patés, pão e sopa do dia para entradas. Para petiscar, não falta a farinheira frita, chouriço assado, tripas, moelas ou carne de picapau. O peixe é na maioria apanhado por pescadores directamente do rio Tejo. No que toca às carnes, a especialidade é o bife à casa com molho de café, os lombinhos de porco à Areal (com molho de natas e cogumelos), molho de mostarda ou orégãos. O prato do dia com bebida e café fica a sete euros. A segunda-feira é o dia de descanso. “Durante a festa da Ascensão é sempre a bombar”, explica o proprietário. É junto à Taverna do Areal que todos se concentram para a entrada dos toiros. Os que não ousam enfrentar o toiro por ali ficam a bebericar qualquer coisa ou a comer um petisco enquanto assistem ao espectáculo. “No fim da largada parecem abelhas a entrar no cortiço”, garante António. A maioria dos clientes tem reserva feita. Na cozinha, os pratos com mais saída já estão prontos a ir para a mesa. O ensopado de borrego, lombo do cachaço no forno, bacalhau à lagareiro e o polvo são os mais requisitados na Quinta-Feira da Ascensão. Natural de Ulme, António é um fervoroso aficionado. Adora cavalos e touros mas nunca arriscou participar nas largadas. “Levar tareia por querer não é para mim”, explica a sorrir. Apesar de gostar da Ascensão e de todo o ambiente que se vive nesses dias não consegue participar na festa por estar sempre a trabalhar.
A Taverna do Areal fica junto ao local de onde saem os toiros na 5ª feira de Ascensão

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