A associação promotora do Neo-Realismo, juntamente com o Grémio Dramático Povoense, anunciaram para a noite de sábado, 16 de Maio, um debate com todos os ingredientes para dar polémica. Polémica essa que acabaria por acontecer mesmo sem ter havido debate. O tema, “Corrupção no aparelho de Estado: o caso dos submarinos”, já era atractivo por si só, mas quando se anunciou os oradores presentes não houve quem conseguisse continuar sentado no sofá: Ana Gomes, a eurodeputada conhecida por não ter papas na língua, o major-general Luís Augusto Sequeira e o economista Joaquim Ventura Leite. O problema é que no dia anunciado para a sessão mais de uma dezena de pessoas bateu com o nariz na porta e num aviso colado a fita-cola dizendo que “por indisponibilidade da eurodeputada” o debate estava “cancelado”. O cancelamento foi anunciado nas redes sociais na véspera mas poucos foram os que repararam. Houve gente que se deslocou de Lisboa e de Santarém para nada, o que gerou bastantes críticas à organização e juras de nunca mais voltar. O MIRANTE foi dos que também não foi informado do cancelamento e por isso compreendeu a ira dos populares. Este foi, realmente, um debate de polémica garantida. Mesmo sem Ana Gomes nem conversa.