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Casa do Xadrez de Alpiarça em festa pela subida à 1ª divisão nacional

Casa do Xadrez de Alpiarça em festa pela subida à 1ª divisão nacional

Há 20 anos que uma equipa ribatejana não participava no escalão máximo da modalidade
A Casa do Xadrez de Alpiarça garantiu a subida à primeira divisão nacional da modalidade, naquele que é um feito histórico, por representar o regresso de uma equipa ribatejana ao escalão máximo do xadrez nacional, 20 anos depois de um clube de Rio Maior. No campeonato da 2ª divisão, série B, a Casa do Xadrez de Alpiarça, um clube pequeno e só com jogadores do distrito (um total de 12 mas apenas seis participaram no campeonato da 2ª divisão), foi primeira classificada entre oito equipas, somando cinco vitórias, um empate e uma derrota. “Esta subida de divisão está a ser vivida com muito entusiasmo. Para um clube pequeno como o nosso, que é feito de gente da terra (não pagamos a ninguém para jogar por nós), isto é extraordinário”, conta a O MIRANTE Pedro Vinagre, que jogou na 1.ª divisão há 20 anos, tal como Carlos Nascimento e Vítor Ferreira. Os três vão agora regressar ao escalão máximo, pelo emblema de Alpiarça.Como factores que contribuíram para a subida de divisão, os jogadores do clube apontam o momento de forma “brutal” pelo qual todos passaram ao mesmo tempo, e a união, pelo facto do núcleo de jogadores ser o mesmo há 20 anos, bem como o próprio estilo de jogo, baseado numa escola de “xadrez polémico”, denominação utilizada para quem joga correndo mais riscos. O estudo prévio do adversário e dos seus movimentos habituais no tabuleiro de xadrez, facilitado por um software cada vez mais evoluído, também contribuiu para o êxito. As estratégias próprias do xadrez, essas, não faltaram durante os jogos. “Quando estamos 4 contra 4 analisamos os jogos dos nossos companheiros e podemos tomar acções no nosso tabuleiro de acordo com aquilo que está a decorrer nos outros. Se verificamos que um companheiro está com um jogo melhor que o adversário, se calhar já arriscamos menos no nosso tabuleiro. Às vezes joga-se mais devagar para ver o que vai acontecer nos outros jogos”, explica Pedro Diogo, outro elemento do grupo.Na próxima época, na 1ª divisão nacional, todos os elementos da equipa estão preparados para uma presença modesta, pelo facto de as realidades serem completamente diferentes. Enquanto umas equipas pagam a jogadores estrangeiros, alguns do top 100 mundial, para jogarem por elas, outras, como a Casa do Xadrez de Alpiarça, jogam apenas com portugueses não profissionais (a maioria são bancários mas também há informáticos, contabilistas, enfermeiros e funcionários públicos).“Vamos perder os jogos todos. A disparidade do nível de xadrez é muito grande. Não há comparação, é surreal. A maioria deles são profissionais. Enquanto nós acordamos de manhã para ir trabalhar, a vida deles é acordar de manhã para jogar xadrez. Estamos a falar de jogadores que são do top 100 mundial. De certeza que vamos aprender muito. Vai ser como se estivéssemos a fazer um estágio com os mestres todos. Vamo-nos divertir e tentar surpreendê-los”, diz mais um elemento da equipa, Miguel Barriga.
Casa do Xadrez de Alpiarça em festa pela subida à 1ª divisão nacional

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