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Câmara de Coruche quer comprar “mamarracho” no centro histórico da vila

Estão reunidas as condições para a Câmara de Coruche adquirir um prédio construído há 18 anos no centro da vila e que nunca chegou a ser acabado. O “mamarracho”, como vulgarmente é designado, situa-se no gaveto da Rua Júlio Maria de Sousa com a Travessa das Atafonas e será adquirido pelo valor de 270 mil euros.Não é de agora a intenção da câmara ou adquirir o edifício, mas tem-se deparado com uma série de contrariedades. O principal problema refere-se a um processo em tribunal movido por Matilde Cardoso, uma reformada que vive na casa vizinha e se queixa de o prédio ter sido construído ilegalmente junto à sua moradia de dois andares, provocando infiltrações. O facto de o imóvel estar devoluto, permitindo fácil acesso de estranhos a casa de Matilde, é outra das preocupações da septuagenária. Em Fevereiro de 2012, um juiz do Tribunal de Santarém deu-lhe razão e condenou o construtor do prédio a demolir o edifício, o que nunca chegou a acontecer por o réu ter recorrido da sentença.Na última reunião de câmara, o presidente da Câmara de Coruche, Francisco Oliveira, adiantou que já reuniu com Matilde Cardoso e, caso a autarquia chegue mesmo a adquirir o prédio de três pisos, serão demolidos uma varanda e um guarda-fogo que se sobrepõe com a propriedade da vizinha. Sobre o prédio recai também uma hipoteca que já tem juros de mora, o que motivou um pedido por parte da câmara ao banco para o distrate da hipoteca para poder ser formalizada a escritura. “Todos compreendemos que aquela é uma nódoa negra na malha urbana da vila de Coruche”, realça o presidente da autarquia.A aquisição do edifício visa a implementação de um programa de reabilitação urbana com vista ao arrendamento a casais jovens contemplado no âmbito de uma candidatura ao Instituto de Reabilitação Urbana. A proposta foi aprovada por maioria com dois votos contra dos vereadores da CDU, que criticaram as imprecisões do projecto do prédio e o elevado valor das rendas previstas para os apartamentos que ali vão ser construídos. O valor de aquisição do prédio motivou também criticas por parte do vereador José Marcelino (CDU), que apelidou a autarquia de “muito, muito, muito má negociante”, salientando que “o prédio não tem licença de habitação portanto não é legalmente possível vendê-lo sem ser apenas como lote de terreno para construção”.

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