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Maria Ferro é uma apaixonada pela cultura avieira

Participou nos três cruzeiros e até deixou a tese de doutoramento a meio para acompanhar o deste ano
Maria Ferro, 52 anos, é uma estudiosa da cultura avieira e fez questão de participar em todos os três cruzeiros, juntamente com a imagem da padroeira Nossa Senhora dos Avieiros e do Tejo. O primeiro é o que recorda com maior emoção. “O cruzeiro surge porque os avieiros são muito católicos e há muito que queriam ter uma imagem para eles”, conta. Em 2013 surgiu a Nossa Senhora dos Avieiros, consagrada em Santarém. O primeiro cruzeiro foi muito surpreendente, porque não havia informação mas as pessoas estavam ao longo das margens. “Se havia algum sítio de paragem ficávamos cercados por um misto de curiosidade e de sentimento. Houve locais em que foi muito complicado, com pessoas a chorarem copiosamente a pedirem bênçãos”, explica.Moradora na Póvoa de Santa Iria (Vila Franca de Xira), conhece os avieiros como poucos e adopta a classificação que lhes foi dada por Alves Redol, como “os ciganos do rio” por não terem poiso fixo e pernoitarem nos barcos, em tempos idos, onde deitavam as redes. Este ano interrompeu a tese de doutoramento para cumprir a penúltima etapa, entre Alhandra e a Póvoa de Santa Iria.“A participação no cruzeiro tem vindo a aumentar e há uma certa rivalidade. Cada comunidade quer a santa por mais dias”, adianta, salientando o que pode levar as pessoas a quererem conhecer a cultura avieira: “Há muitas vertentes. Inventam, remendam e fabricam redes. Essa é a parte do trabalho. A parte cultural com ranchos folclóricos e marchas das mulheres avieiras. A componente religiosa, a partir do momento em que há a imagem da Nossa Senhora, é apaixonante”.

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