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Armando Calixto

Armando Calixto

Presidente da Junta de Vale do Paraíso, 50 anos, Azambuja

Não gosto de Jorge Jesus como treinador. Gosto de um treinador que saiba falar melhor que eu. Esse é que precisava de um teleponto! E nós, de um tradutor para o entendermos. * * *Se largasse a vida pública, quer nas colectividades quer agora na política, ia ser um problema porque, diz a minha mulher: se largas isso vens aqui para casa e móis-me o juízo.

Como tem sido o relacionamento entre Vale Paraíso e Azambuja?Podia correr melhor, mas a ligação é boa. Não sou o mais crítico quanto ao investimento nas freguesias, fui contemplado com o parque infantil, mas tenho péssimas acessibilidades.Mas a freguesia vai ter obras nas estradas…Sim, li a lista n’O MIRANTE, mas entristece-me porque não está numa posição de prioridade. Mas ainda não reunimos, por isso espero que passe a prioridade.Que prenda é que oferecia ao presidente Luís de Sousa?Sei lá (risos)! Apenas boas palavras. Já lido com ele de outros tempos, já fiz campanha por ele. Merece respeito.Acha que ele precisa de um teleponto para falar em público, porque está sempre a ler?Não. Até porque eu sou igual a ele nisso. Tenho dificuldade em falar em público.Aconselhava alguém a fazer férias em Vale do Paraíso?Sim. Isto é maravilhoso. Temos uma freguesia fantástica, apesar das acessibilidades e outras situações. Ouve muitas obras, se calhar demais, agora não há dinheiro para as manter. Mas é assim, uns levam as estátuas, outros levam as obras.Se lhe dessem verba para contratar uma figura pública para fazer publicidade a Vale do Paraíso quem é que contratava?Gosto muito do Fernando Mendes. Era uma excelente personalidade para publicitar a nossa festa gastronómica.Acredita nos políticos?Não. Mesmo nada.Então porque é que veio para a política local?É que eu não sou político, venho das colectividades. Não gosto que me chamem político, nem sei fazer política. O povo desacredita, lemos os jornais e desacreditamos ainda mais. Faço parte do povo e, por isso, não sou diferente nem vou estar a fazer um favor aos políticos.Vai votar nas legislativas?Vou. E quero mudança. Já teve vontade de ficar em casa e não ir votar?Não, e sou contra isso. Houve uma luta terrível há 41 anos para que se possa votar e penso que hoje se abusa um pouco de tanta liberdade.Vale do Paraíso não ganhou a Rainha das Vindimas. As candidatas das outras freguesias são mais bonitas?Não digo isso, mas a que ganhou deve ter outras qualidades mais importantes para o júri. Mas as mulheres de Vale do Paraíso são bonitas, por isso é já que tivemos uma rainha.Prefere vermelho ou verde?Vermelho, porque sou do Benfica.O que acha da ida de Jorge Jesus para o Sporting?Se eu fosse presidente do Benfica ele já não tinha feito a época passada. Não se perdia nada. Há dois anos perdeu tudo. Não gosto de Jorge Jesus como treinador. Gosto de um treinador que saiba falar melhor que eu. Esse é que precisava de um teleponto! E nós, de um tradutor para o entendermos. Não vai ter sucesso no Sporting. A relação com o presidente vai ser complicada.Agora tem um ribatejano a treinar a equipa do seu clube, o Rui Vitória.O Rui Vitória não me diz grande coisa como treinador. Não sou doente da bola, gosto de ver pessoas com nível à frente da equipa e isso ele tem. Do Luís Filipe Vieira, acho que as pessoas se colam demais aos lugares. Eram bem destacados para as freguesias, para aprenderem com o povo, terem uma lição de humildade.Já pensou em ser presidente de câmara?Não, nem nos meus sonhos. Quero acabar o mandato em Outubro de 2017 e aí a política acabou para mim. Quero descansar e não vou ter saudades. Já chega. Ando nesta vida desde 1997. Prefere caracol ou caracoleta?Sou fã de caracóis, gosto de os fazer e não tenho segredo na sua confecção. Também sei fazer feijoada de caracoletas. Gosto de meter a mão no tacho e gosto de estar aí no meio das pessoas, como sempre estive.Entre estas funções todas que abarca e já abarcou a sua mulher não se chateia por não parar em casa?Antes de entrar para presidente da junta falei com a minha esposa e ela disse-me para avançar. Porque se largasse a vida pública, quer nas colectividades quer agora na política, ia ser um problema porque, diz ela: “se largas isso vens aqui para casa e móis-me o juízo” (risos).
Armando Calixto

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