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Chamam-lhe menina-prodígio do andebol de Alcanena e vai jogar na Alemanha

Chamam-lhe menina-prodígio do andebol de Alcanena e vai jogar na Alemanha

Patrícia Rodrigues inicia carreira internacional aos 17 anos na primeira divisão
Em Alcanena chamam-lhe a menina-prodígio do andebol e aos 17 anos de idade Patrícia Rodrigues está de partida para a Alemanha onde vai jogar na primeira divisão, representando o HSG Blomberg. Patrícia há muito que era cobiçada por clubes de outros países, o que confirma que o seu talento para a modalidade não passa despercebido. Já tinha recebido convites de clubes espanhóis e dinamarqueses, que recusou. Mas agora chegou a altura de abandonar o conforto do lar, o apoio da família e o JAC, o clube de Alcanena onde aprendeu a jogar. Patrícia Rodrigues, que vive com os pais em Vila Moreira, assinou contrato por um ano com a possibilidade de fazer mais dois no clube alemão. “Quando tive as outras propostas, pensei que era demasiado cedo. Este ano, com o fim do 12º ano de escolaridade, achei que era a altura ideal. Na Alemanha vão ajudar-me a evoluir e a tornar-me numa melhor jogadora. Vou ter um contrato profissional e isso é o sonho de qualquer desportista”, refere a jogadora. A andebolista diz que atingiu o seu principal objectivo de jogar no estrangeiro e agora já tem outras metas. “Quero aprender todos os dias, quero evoluir, quero adquirir novas experiências”, conta a jovem a O MIRANTE, esclarecendo que o interesse dos alemães surgiu depois a terem visto jogar pela selecção portuguesa. Patrícia prepara-se também para entrar na universidade, ambicionando seguir o curso de Gestão. “Já estou a aprender alemão, que é uma língua difícil mas interessante, e se correr tudo bem faço lá a universidade”, explica.De tudo o que vai deixar para trás é dos pais que Patrícia vai ter mais saudades. “Nem tenho bem a noção de como irá ser a despedida. Vai ser complicado. Somos muito unidos, estamos sempre juntos”, diz Patrícia, que, despedidas à parte, se encontra muito entusiasmada, visto já ter estado em Blomberg em Janeiro e ter ficado com uma impressão “bastante positiva” do local, dos dirigentes e das colegas de equipa, com quem vai viver. “Vou sozinha e por isso ao início vai custar um bocadinho, mas depois, todos os esforços pelos quais eu vou passar vão compensar”.Queria jogar futebol mas apaixonou-se pelo andebolPatrícia Rodrigues queria jogar futebol mas com seis anos começou a dar os primeiros passos no andebol. “Um dia, num torneio de rua de futebol era a única rapariga mas quase que jogava melhor que os rapazes. As pessoas do andebol do JAC viram e acharam que se eu tinha jeito para o futebol também poderia ter jeito para o andebol. Falaram com os meus pais para eu experimentar. Gostei e fiquei até hoje”, conta. Aos 15 anos Patrícia saltou da equipa juvenil para a sénior. Aos 14 já tinha sido chamada à selecção principal, onde adora jogar. “Toda a gente gosta de jogar no clube mas selecção é selecção. Ouvir o hino antes de um jogo é uma sensação muito boa. Ficamos logo com mais força e com mais vontade de lutar e de ganhar”.Devido à sua precocidade, mas principalmente à sua qualidade enquanto jogadora, Patrícia Rodrigues começou a ser chamada de menina-prodígio do andebol português. Outros dizem que é um fenómeno. A jovem atleta acha graça mas não é assim que se vê a si própria. “Não gosto de me achar superior a ninguém. Começaram a chamar-me isso desde cedo mas eu considero-me uma pessoa bastante humilde e nunca deixei que isso me subisse à cabeça. Mas reconheço que tenho bastante valor e qualidade, senão não teria conseguido chegar à selecção tão cedo”.
Chamam-lhe menina-prodígio do andebol de Alcanena e vai jogar na Alemanha

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