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Hiperventilado Serafim das Neves

Um DJ famoso, chamado Pedro David, deu um trambolhão nas festas do Entroncamento e foi levado ao som do ti-nó-nim de uma ambulância para o Hospital de Abrantes. Chegado lá, contou ele a um jornal que eu vi um senhor a ler num café, a médica estava a dormir e ele, ao fim de duas horas de seca, tirou o colar cervical que lhe tinham colocado e foi dormir também. Eu indigno-me sempre que há um artista tratado desta forma. O Rui Veloso no “Baile da Paróquia” canta que, ao rapaz que apalpou a catequista, não lhe “valeu de nada dizer que era baterista” porque levou à mesma um “arraial de facho” dos irmãos dela. Ao Pedro David também não lhe valeu de nada dizer que era DJ, pelos vistos. Mas porque é que o ministro da Saúde não cria uma via de atendimento prioritário para os artistas? Já agora, se ele mudar de ideias e fizer o que já devia ser feito há muito tempo, sugiro-lhe que as pulseirinhas das prioridades de atendimento sejam feitas por pintores e artistas plásticos de renome. Meter uma vulgar pulseira amarela no pulso de alguém como um baterista ou um pianista, é um insulto ao seu bom gosto. Depois admiram-se que os DJs como o do trambolhão se pirem dali para fora a sete pés e aquilo fique às moscas.Por falar em moscas também fiquei a matutar noutra coisa. A vítima diz que eram três e tal da matina e que não havia ninguém nas urgências. Será que ele estava a ver bem? Então não é em Abrantes que as Urgências estão sempre a abarrotar? Queres ver que os outros doentes também tinham decidido ir para a caminha?Em Vila Franca de Xira, na Escola Reynaldo dos Santos, vai haver aulas de Mandarim, se houver matriculas em número suficiente. Cá por mim é uma boa ideia do ministro da Educação. Como há professores de português a dizer que alguns alunos já escrevem em chinês, a iniciativa tem sucesso garantido. A semana passada falei-te de tresvaliar, uma palavra bem portuguesa caída em desuso, que o nosso vizinho Pacheco Pereira, ali da Marmeleira, Rio Maior, decidiu recuperar. Não se ficou por aí e passados dias deu novo fôlego a lampeiro. Fernando Alves, na TSF recuperou “surdir”. Eu, para não me ficar atrás, trago para aqui o arrocho, que também está a cair em desuso apesar de haver cada vez mais burros de carga e mais alimárias a necessitar de umas boas arrochadas. Espero ter estado à altura das sumidades que citei.Na Chamusca a câmara não conseguiu realizar um curso de nadadores salvadores por falta de inscrições. Pode parecer estranho mas se pensarmos bem até não é. O Mundo mudou muito desde aquela altura em que alguns atrevidos como tu andavam pela praia a fazer respiração boca-a-boca a algumas jovens mais arfantes, digamos assim. A primeira machadada em tão nobre actividade foi dada pela igualdade entre sexos que fez com que hoje haja mais raparigas a saber nadar do que rapazes. Além disso, por muito ginásio que eles façam, os peitorais delas ganharam uma pujança tal que já ninguém liga à peitaça do nadador-salvador. O golpe de misericórdia foi dado por aquela peçazita de silicone ou lá o que é, que se mete na boca do náufrago e por onde se sopra ar para os seus pulmões. Está bem que assim evita-se ter de encostar os lábios à bigodaça farfalhuda de um qualquer banhista fumador e copofónico que foi arrastado pelas ondas...mas quando se trata de salvar uma miúda com lábios de Angelina Jolie é uma frustração do camandro...ai não que não é!!Saudações nadadorasManuel Serra d’Aire

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