Andrea Verdugo (voz), Ricardo Serra (baterista), João Serra (guitarrista) e Cristiano Pereira (teclista). Individualmente, estes nomes podem não dizer muito, mas se os juntarmos e os colocarmos em cima de um palco, os 4Folks ganham vida e a sua música já vai marcando pontos. A banda ganhou alguma projecção quando chegou à final do concurso EDP Live Bands 2015. Recentemente actuou no Forte Music Festival, em Alhandra, e em conversa com O MIRANTE, deu-se a conhecer. Quem quiser ouvir os seus trabalhos encontra com facilidade músicas deles no youtube. “Somos todos da zona de Vila Franca. Como banda existimos há dois anos, antes tínhamos outro guitarrista que saiu para emigrar. Há um ano chegou o João que veio dar uma postura que precisávamos. Estamos há um ano a produzir originais, a tocar regularmente, todos os fins-de-semana, tentando conjugar com trabalho e estudos. O grande empurrão foi conseguir chegar à final do concurso EDP Live Bands, com o apoio da câmara municipal. Resultou num possível convite para assinarmos com uma editora”, explica Andrea, cara e voz dos 4Folks.Jovens, mas com a certeza do que querem, todos acreditam que em breve vão conseguir fazer triunfar um projecto que nasceu e cresce em Vila Franca de Xira. “A cada dia temos mais um pedaço que fortalece este projecto. Neste último ano batemos à porta de muita gente a oferecer o nosso trabalho, também porque gostamos do que fazemos e por isso não nos custa nada oferecer o nosso trabalho de borla, só para o tornar conhecido”, salienta Ricardo, o baterista.A gravação de um EP com originais, sempre em português, é o próximo passo na consolidação dos 4Folks, mas em vista está já uma participação na Festa do Avante. Andrea é também a autora das letras. Os arranjos são depois feitos em conjunto, como se de uma família se tratasse. Esse é o segredo do sucesso. “Quando estamos no palco entendemo-nos muito bem. Curtimos muito, temos uma dinâmica muito próxima, falamos todos os dias, tal como numa relação”, esclarece.Como referências musicais elegem, entre outros, Pink Floyd, mas a inspiração vem de coisas que lhes são bem mais próximas. Vem do que vive Andrea como cenógrafa, Cristiano como técnico de cablagens na OGMA, Ricardo como técnico de multimédia à procura de um emprego estável e João como estudante de Belas Artes. “Inspiramo-nos nas pessoas. Somos todos muito diferentes, mas somos uma família a sério. Chocamos mas conseguimos conjugar egos, personalidades e gostos. Isso é a maior base de tudo para criar. Temos um tema base, em termos literários, que é a ideia dos netos da Orpheu, baseado nos 100 anos da revista. Esses netos são a nossa juventude, somos nós. Depois é a experiência do dia-a-dia”, explica a vocalista.Todos têm um propósito comum e a breve trecho: viver unicamente da música que fazem e triunfar como 4Folks. “Se não for amanhã é para o ano, ou daqui a dois anos. Estamos a tentar chegar às pessoas. Se as coisas continuarem assim conseguiremos ter estabilidade, se não nos desleixarmos”, afirma Ricardo.