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Oposição ofendida com vereadora de Ourém abandona reunião de câmara

Oposição ofendida com vereadora de Ourém abandona reunião de câmara

Sessão teve de terminar devido à falta de quórum

Vereadores da Coligação Ourém Sempre não gostaram de conteúdo da carta que Lucília Vieira enviou à assembleia municipal. Os vereadores da oposição “cobarde” e “mentirosa”.

A última reunião do executivo da Câmara de Ourém, realizada na sexta-feira, 3 de Julho, terminou abruptamente a meio, por falta de quórum, depois dos vereadores da oposição terem chamado “cobarde” e “mentirosa” à vereadora Lucília Vieira (PS). O executivo municipal entrou no ponto da ordem de trabalhos em que se ia discutir e aprovar o processo do licenciamento dos pavilhões de uma exploração pecuária da vereadora Lucília Vieira (PS). Os vereadores da coligação Ourém Sempre (PSD/CDS), Luís Albuquerque, Isabel Costa e Carlos Marques decidiram abandonar a reunião nesse ponto porque dizem ter-se sentido “muito ofendidos” com a carta que a vereadora Lucilia Vieira enviou à presidente da Assembleia Municipal e “não se sentiram em condições de votar o ponto”.Como Lucília Vieira também se tinha retirado da sala, por ser parte interessada no assunto, ficaram apenas o presidente, Paulo Fonseca (PS), e os vereadores Nazareno do Carmo (PS) e a vereadora do movimento independente MOVE, Teresa Marques, inviabilizando a votação. Com esta decisão dos vereadores da coligação, Paulo Fonseca e Nazareno do Carmo concluíram que se não havia quórum para aquele ponto também não havia quórum para o resto da reunião e deram a mesma por terminada, faltando ainda vários pontos da ordem de trabalhos para discutir.Na missiva, Lucília Vieira começou por dizer que decidiu remeter a carta à presidente da assembleia municipal, Deolinda Simões, porque “depois do que se disse e escreveu a meu respeito, quero esclarecer esta assembleia, os meus munícipes e os milhares de pessoas do distrito e do país”. A vereadora socialista explica que aguardou “pacientemente” o parecer jurídico solicitado sobre os seus processos, que concluem que a câmara “deverá mandar corrigir os alvarás dos processos 2520/1998 e 2666/2002 por existir um erro material nos mesmos, o que eu já tinha solicitado à câmara municipal em Março de 2015, disse.Os vereadores da coligação Ourém Sempre acusaram Lucília Vieira de “cobardia” por esta ter enviado a carta à assembleia municipal, órgão onde os vereadores não têm oportunidade de se defender. Luís Albuquerque foi mais longe e chamou a vereadora do Urbanismo de “mentirosa” quando diz que o parecer jurídico pedido “não teve” qualquer custo para o município. Os autarcas da oposição também não gostaram de algumas frases escritas por Lucília Vieira que consideram terem sido dirigidas às suas pessoas. “Devo informar que não caí na câmara de ‘pára-quedas’, nem vim com as calças do meu pai e sempre tive profissão e muito trabalho”. Esta foi uma das frases que incomodou os vereadores da coligação PSD/CDS.Vereadora vítima de erro da própria câmaraComo O MIRANTE noticiou (ver edição 19 Março 2015) a vereadora do Urbanismo na Câmara de Ourém, estará a ser vítima de um erro da própria autarquia onde exerce funções. A autarca tratou do licenciamento para a construção de nove pavilhões numa exploração de coelhos no concelho, de que é proprietária e pensava que estava tudo bem até descobrir que os serviços da autarquia tinham emitido alvará apenas para um pavilhão, quando os projectos foram todos aprovados. A situação obrigou agora a vereadora a recorrer ao novo decreto-lei que permite a legalização de instalações através de declaração emitida pela câmara de reconhecimento de interesse público municipal.
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