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Quadros da Câmara de Tomar regressam aos paços do concelho após ano e meio na prateleira

Presidente do município não se alongou nas justificações da decisão
A presidente da Câmara Municipal de Tomar, Anabela Freitas (PS), assumiu na última reunião do executivo, realizada na segunda-feira, que três dos quatro quadros superiores que, no início do actual mandato, foram postos a trabalhar numa sala no Pavilhão Desportivo, voltaram a trabalhar nos paços do concelho no dia 20 de Julho. Carlos Constantino (Divisão de Recursos Humanos), Rui Monteiro (Departamento de Obras Municipais e Serviços Urbanos) e Maria Dília Gomes (Divisão de Assuntos Jurídicos e Administrativos) são os nomes em causa.Luís Boavida (Divisão Financeira) foi o único funcionário que ainda não regressou mas, segundo justificação da presidente, tal ainda não aconteceu por não haver lugar vago no edifício dos paços do concelho. No entanto, o regresso acontecerá assim que houver um espaço disponível na câmara.Anabela Freitas foi parca em explicações, referindo apenas que o trabalho para o qual estes quadros superiores estavam destacados já está concluído. “O restante trabalho encontra-se dependente da resposta de outros serviços do município”, referiu a presidente, informando que a equipa do projecto, constituída pelos quatro técnicos, se mantém. Um dos quatro quadros superiores envolvido neste polémico processo, que prefere não se identificar, questiona por que é que os ex-dirigentes regressam à câmara agora se o projecto se mantém na mesma. “Por que razão essa solução de estarmos no edifício da câmara municipal não foi adoptada de início. Percebe-se que tentaram punir-nos ao afastarem-nos”, refere.Demitidos e afastados pela nova maioriaRecorde-se que, como O MIRANTE noticiou, a Câmara de Tomar aprovou em Outubro de 2014 a prorrogação por mais 180 dias do prazo de funcionamento de uma equipa de projecto, criada a 23 de Dezembro de 2013, constituída por estes quatro quadros superiores do município, que ocupavam lugares de chefia de departamento ou de divisão e foram demitidos quando a maioria PS/CDU passou a liderar os destinos da autarquia em Outubro de 2013. Quando foram afastados das suas funções, Anabela Freitas justificou a sua decisão com a criação de uma “Unidade de Missão” para implementar normas de controlo interno, controlo de assiduidade electrónico, conformidade de procedimentos e constituição de Comissão de Higiene e Segurança. No entanto, a oposição teve outra leitura e considerou sempre que estes funcionários foram simplesmente encostados numa prateleira. Os quatro dirigentes da Câmara de Tomar foram postos a trabalhar numa sala no Pavilhão Desportivo, junto ao Estádio Municipal.O vereador dos Independentes por Tomar (IpT), Pedro Marques, considera que este processo foi “muito grave” e que “fere a dignidade” dos dirigentes. “O que tem acontecido é que tem prevalecido o cartão partidário em vez do mérito dos funcionários. Este caso tem que ser resolvido de vez e os funcionários têm que voltar a exercer as suas funções”, referiu Pedro Marques. João Tenreiro (PSD) considera que a decisão foi redutorapara a competência dos funcionários. “Eseramos que este seja o final de mais um episódio triste no concelho”, criticou.

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